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Morre golpeado com garrafa em rixa de rua no Bairro Alto em Lisboa

Jovem de 19 anos atacado com golpe na garganta ficou a esvair-se em sangue no passeio enquanto suspeitos do crime fugiam.

14 de outubro de 2023 às 08:53

Daniel Galhanas, de 19 anos, morreu no sábado depois de ter sido golpeado na garganta com restos de uma garrafa de vidro, no Bairro Alto, em Lisboa. A vítima foi deixada no passeio a esvair-se em sangue, enquanto os suspeitos do crime fugiam. O jovem ainda foi transportado com sinais de vida para o Hospital de São José, mas acabou por morrer. Ao que o CM apurou, o jovem fazia parte de um gangue da Linha de Sintra, em Lisboa. 

Este grupo criminoso dedicava-se a assaltos rápidos e com alvos bem escolhidos. Na madurgada de sábado o gangue decidiu assaltar um grupo de turistas ingleses, que respondeu à tentativa de assalto.

O crime ocorreu pelas 04h30, no cruzamento entre a Calçada do Combro e o Largo de Calhariz. A secção de homicídios da Polícia Judiciária (PJ) de Lisboa investiga e já tem na sua posse vários vídeos da rixa que conduziu ao crime feitos com recurso a telemóveis. Serão fundamentais para a investigação.

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Jovem morre após ser atacado com garrafa partida no pescoço no Bairro Alto em Lisboa

Num desses vídeos, a que o CM teve acesso, vê-se cerca de uma dezena de pessoas em confrontos físicos na rua. É visível a vítima a ser golpeada e depois a desfalecer, encostada à parede de uma loja. Percebe-se, também, que há várias testemunhas do crime, mas, aparentemente, ninguém terá ajudado.

O CM sabe que a PJ já visionou todas as imagens conhecidas e interrogou algumas das testemunhas que aparecem no vídeo, mas sem conseguir algum detalhe que permita identificar os intervenientes.

Uma equipa dos Bombeiros Voluntários de Lisboa que ia a passar no local (o quartel fica a 300 metros de distância do local do crime), prestou o primeiro apoio ao jovem. À chegada do INEM, a vítima estava em paragem cardiorrespiratória, com hemorragia abundante ao nível do pescoço. O INEM transportou-o depois ao São José, onde o óbito viria a ser declarado.

A PSP criou um perímetro de segurança no local e, sabe o CM, distribuiu agentes à civil pelas imediações em busca dos suspeitos do crime e de outros intervenientes na desordem. Até ao fecho desta edição não eram conhecidas detenções. A PJ não descarta o cenário de um assalto. A possibilidade de ter sido um confronto entre gangs juvenis é também admitida.

Pedrada perto do local do crime atinge bombeiros

Os Bombeiros Voluntários de Lisboa, que têm um quartel na Rua das Flores situado a cerca de 300 metros do local do homicídio de sábado, foram os primeiros a assistirem a vítima. E, disse ao CM a comandante Débora Alves, sofreram danos pouco depois da rixa. "Não ligo uma coisa à outra, mas, pouco depois do homicídio, um homem foi preso por ter apedrejado o vidro de um carro nosso. A viatura ficou inoperacional após o ataque", disse.

O CM sabe que a PJ já visionou todas as imagens conhecidas e interrogou algumas das testemunhas que aparecem no vídeo, mas sem conseguir algum detalhe que permita identificar os intervenientes.

Pedrada perto do local do crime atinge bombeiros

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