A edição de hoje
Presidente do Benfica, Rui Costa, não foi criminalmente responsabilizado pelo Ministério Público.
Luís Filipe Vieira e Paulo Gonçalves acusados no caso dos e-mails do Benfica
O Ministério Público deduziu a acusação do processo dos emails do Benfica contra Luís Filipe Vieira, ex-presidente do clube, Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico das águias, e antigos dirigentes do Vitória de Setúbal, por corrupção, participação económica em negócio e fraude fiscal. Rui Costa foi ilibado, mas as SAD's dos dois clubes foram acusadas.
O presidente do Benfica, Rui Costa, não foi criminalmente responsabilizado pelo Ministério Público (MP), no processo dos emails, em que Luís Filipe Vieira e Paulo Gonçalves foram formalmente acusados de terem, entre 2016 e 2019, simulado a compra e venda de jogadores com Vitória de Setúbal para injetar dinheiro no clube, então com dificuldades financeiras.
A defesa de Luís Filipe Vieira já reagiu e garante que está a ponderar se se vai "requer a abertura de instrução ou se se vai imediatamente para julgamento" devido à "fragilidade dos indícios".
Juiz conselheiro do Supremo investigado
O MP investiga também o envolvimento de Ricardo Costa, atual juiz conselheiro no Supremo Tribunal de Justiça, no caso.
Foram identificadas trocas de mensagens entre Paulo Gonçalves e Ricardo Costa, que à data dos factos era membro e Vice-Presidente do Conselho de Arbitragem Desportiva do Tribunal Arbitral do Desporto.
Paulo Gonçalves considera "surreal" acusação de corrupção à Benfica SAD
"Esta acusação é surreal e assenta numa tese destituída de fundamentação factual e legal. Na verdade, nenhuma das condutas ali descritas consubstancia qualquer crime, muito menos um crime de corrupção, na sua maioria traduzindo uma prática corrente no mercado de futebol, tanto a nível nacional como internacional", reagiu o advogado Paulo Gonçalves, numa nota enviada à agência Lusa.
A Benfica SAD foi acusada pelo MP de vários crimes, entre os quais corrupção ativa e fraude fiscal, juntamente com o antigo presidente Luís Filipe Vieira, o antigo assessor jurídico Paulo Gonçalves e a SAD do Vitória de Setúbal, segundo despacho a que a agência Lusa teve hoje acesso.
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