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Luxos tramam rede de tráfico desfeita

Dono de stand era cabecilha do grupo desmantelado pela GNR, e foi detido após comprar casa. Caso ocorreu em Torres Vedras.

30 de maio de 2018 às 08:33

Apresentava-se como dono de um stand de venda de automóveis no concelho de Torres Vedras para encobrir um bem-sucedido negócio de tráfico de droga. Com o apoio da irmã e de um sobrinho, um homem de 55 anos abastecia outros traficantes e vendia droga em festas na zona Oeste e na área metropolitana de Lisboa. Com os lucros avultados comprava carros e casas.

O Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Torres Vedras perseguia Pedro Cardoso, o suspeito, há mais de um ano. Os militares avançaram para a detenção apenas no fim de semana. O suspeito comprou uma casa com dinheiro do tráfico de droga e, na segunda-feira, foi preso após ter sido feita prova do crime de branqueamento de capitais.

Os militares da GNR fizeram 29 buscas (11 domiciliárias e 18 não domiciliárias), prendendo mais cinco homens (incluindo Sandro Cardoso, o sobrinho do cabecilha), e duas mulheres (entre as quais a irmã do chefe da rede). A esta última, a GNR apreendeu 103 410 euros em numerário. Era ela quem fazia depósitos bancários com o dinheiro ganho pelo grupo. A GNR apreendeu cinco carros (todos comprados com dinheiro do tráfico), 1328 doses de haxixe, 161 doses de cocaína, 12 de canábis, 5 balanças, uma caçadeira, 14 telemóveis, 5 computadores, 3 tablets, e outro material.Pela suspeita da existência de armas, foram empenhados meios de Operações Especiais e equipas cinotécnicas da GNR.

Os oito detidos estavam, esta terça-feira à noite, a ser ouvidos por um juiz no tribunal.

PORMENORES

Comprava droga

A rede agora desfeita pela GNR, comprava a droga que depois transacionava. O grupo não vendia só a consumidores e outros traficantes, mas também a organizadores de festas de surfistas.

Vendiam crack

A rede gerida por Pedro Cardoso vendia haxixe, heroína, e cocaína. O grupo, no entanto, também transacionava crack. Trata-se de uma variante da cocaína, com efeitos mais devastadores.

Ativos

O CM sabe que a investigação da GNR vai pedir o apoio do Gabinete de Recuperação de Ativos do Ministério da Justiça. A ideia é localizar e congelar os bens adquiridos pelo grupo de traficantes.

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