page view

Mãe de mulher morta pela PSP sem dinheiro para levar corpo para o Brasil

Ministério Público investiga morte de Ivanice da Costa.

16 de novembro de 2017 às 14:49

A família da brasileira Ivanice Carvalho da Costa, de 36 anos, a mulher que foi alvejada pela PSP na sequência de uma perseguição policial em Lisboa, diz não ter dinheiro para trazer o corpo para o Brasil.

A carregar o vídeo ...

Maria luzia, brasil,

Segundo avança o site da Globo,  Maria Luzia Silva Carvalho da Costa, que mora em Amaporã, no noroeste do estado de Paraná, espera que governo português providencie o envio do corpo da filha.

 "Minha irmã me ligou e disse que tinha havido um assalto e que a polícia estava perseguindo um carro e que o carro dele [do companheiro de Ivanice] era parecido. A polícia mandou ele parar e ele não parou porque não tinha habilitação [carta de condução]. Fugiu da polícia, que foi atrás, atirou e matou a minha filha. Foi na hora", contou a mãe ao site brasileiro

Ministério Público investiga morte de mulher

O Ministério Público (MP) está a investigar a morte da mulher, de nacionalidade brasileira, baleada acidentalmente durante uma perseguição policial, na Segunda Circular, tendo seis polícias sido constituídos arguidos, anunciou a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

Numa nota publicada na tarde de hoje na página da internet, a PGDL explica que, na madrugada de quarta-feira, "no decurso de uma operação montada pela PSP, após o furto com rebentamento de ATM [multibanco], ocorrido em Almada", vários agentes policiais "encetaram perseguição aos suspeitos, vindo a perder-lhes o rasto", prosseguindo os suspeitos em direção a Lisboa.

Vítima estava há 17 anos em Portugal

De acordo com a mãe, Ivanice vivia em Portugal desde os 19 anos. Desde então que trabalhava numa loja do aeroporto de Lisboa. "Ela gostava de morar em Portugal. Eu sempre falava para ela ‘vem embora Nicinha, vem embora Nicinha’, e ela não vinha".

A mãe recorda uma filha dedicada e muito recatada. "Quem conheceu minha filha sabe que ela era uma menina que nunca me deu trabalho. Não ia para baile, não ia para festa. Ficava só em casa. Trabalhava, me ajudava. Era a filha que qualquer um queria ter e nunca perder. Era muito responsável".

Maria Luiza diz à Globo que o governo português ainda não contactou a família no Brasil. Uma tia de Ivanice, que mora em Portugal, está a tratar do processo legal de extradição do corpo.

A Embaixada do Brasil em Lisboa diz que está a acompanhar o caso: "A família da vítima já entrou em contato com o Consulado-Geral do Brasil em Lisboa, que prestará o apoio cabível. A Embaixada acompanha atentamente o caso e aguarda novas informações a respeito do inquérito com vistas a determinar o curso de ação a ser tomado", lê-se num comunicado.

 

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8