page view

Mãe de Joana Cipriano sem perdão e desempregada

Leonor Cipriano está a viver com outra mulher que conheceu quando ambas estavam reclusas.

07 de março de 2019 às 01:55

O crime que chocou o País, em setembro de 2004, não está esquecido em Évora, onde Leonor Cipriano, que foi condenada pela morte da filha Joana, de oito anos, na aldeia da Figueira, Portimão, tenta refazer a vida há um mês, após ter cumprido 14 anos e meio da pena de 16 anos e 8 meses por homicídio e ocultação de cadáver.

No bairro onde vive, os vizinhos de Leonor e Maria Anjo, atual companheira, que conheceu em reclusão, dizem que as duas mal se deixam ver. Tentam passar despercebidas mas o passado persegue Leonor. "É um crime que não se esquece e que não tem perdão", diz um morador.

"Se tivesse matado a filha por acidente era diferente. Mas matá-la, congelar o corpo e dá-la aos porcos não tem perdão", diz o mesmo comerciante, que pede para não ser identificado. As duas mulheres frequentam cafés mais afastados do local onde residem e há relatos de que nem sempre são bem-vindas. De resto, ninguém sabe do que vivem: quando saiu em liberdade condicional, Leonor prometeu arranjar trabalho, o que ainda não aconteceu, apesar de estar inscrita no centro de emprego.

Tem intenções de ficar no bairro dos Canaviais, junto a Évora, e já se dirigiu à junta de freguesia, com a companheira, a pedir atestado de residência. Maria Anjo recusou falar com o CM e Leonor nem quis sair de casa, apesar de várias tentativas. A primeira, que os vizinhos dizem ter problemas de saúde – "já tivemos de chamar uma ambulância uma vez" –, limitou-se a dizer que está tudo bem com ambas.

PORMENORES

Morte da filha

Joana Cipriano desapareceu a 12 de setembro de 2004. A mãe, Leonor, e o tio da menina, João, foram condenados pelo homicídio da criança. O corpo, no entanto, nunca foi descoberto.

Má memória

Também na aldeia da Figueira, onde Leonor vivia com a filha, na altura do crime, a população não gosta de recordar o que aconteceu, recusando mesmo falar sobre o assunto com a comunicação social.

Agressões

Leonor acusou vários inspetores da PJ de agressões, nos interrogatórios, para que confessasse o crime. As agressões ficaram provadas mas não foi possível identificar os inspetores.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8