A edição de hoje
Artigo exclusivo
Sónia quis viver nova história de amor e Valentina ficou aos cuidados de uma vizinha, no Bombarral.
A pandemia trocou as voltas a Valentina. Conta o processo que a vizinha continuou a trabalhar e não poderia ser a sua filha menor a tomar conta de outra criança. Sónia decidiu então levar a filha para o pai, Sandro. Até maio, quando morreu.Antes disso, Valentina andou de ama em ama. Teve em 2018 uma cuidadora que ficava com ela entre as 07h00 e as 20h00. Depois disso, teve mais nove. Até ser entregue à vizinha que nunca levou dinheiro e aceitou criar a criança como sua.A jovem mãe foi uma das muitas testemunhas que o Ministério Público dispensou na quarta-feira. Tal como outra vizinha que terá contado a Catarina, ex-ama de Valentina, que aquela trocava bilhetes sexuais. Ao CM, a testemunha disse que ouviu o boato no supermercado, não sabia sequer se era verdade, mas passou a história de boca em boca. Até que chegou ao conhecimento de Márcia e Sandro, que agora explicam o crime com as suspeitas de abusos.O processo conta que foi esse o único período de vida da Valentina no qual foi verdadeiramente feliz. Tinha quarto, dormia com a filha da vizinha, participava em todas as atividades. Mesmo assim, era frequente ter saudades da mãe. Pedia a Sónia que voltasse a viver com ela - o que a mãe sempre rejeitou colocando a relação amorosa primeiro. Relação que terminou após a morte da menina.
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