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Mais de 1700 operacionais combateram 65 fogos em Portugal até às 17h

Num balanço, a ANEPC revelou que foi elevado o estado de prontidão especial para nível 4 em todo o País, a manter-se até quarta-feira.

11 de agosto de 2025 às 22:53

Portugal continental registou esta segunda-feira 65 incêndios rurais até às 17h00, nos quais estiveram envolvidos 1.735 operacionais, segundo a Proteção Civil, que destaca como mais preocupantes os incêndios em Vila Real, Trancoso, Covilhã e Tabuaço.

José Ribeiro, segundo Comandante Nacional da Autoridade de Emergência e Proteção Civil, disse que os quatro maiores incêndios envolviam ao fim do dia desta segunda-feira 1.625 operacionais, ajudados por 528 veículos e 28 meios aéreos.

Num balanço feito depois das 19h00 desta segunda-feira, na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), o responsável disse também que foi elevado o estado de prontidão especial para nível 4 em todo o país, a manter-se até quarta-feira.

"As sub-regiões a sul que estavam no nível três, entendemos elevar para nível quatro porque, de certa forma, são estes territórios que estão a alimentar aquilo que é o esforço de reforço dos vários teatros de operações", disse José Ribeiro, adiantando que do comunicado técnico sobre o assunto constam determinações ligadas ao pré-posicionamento de meios, de âmbito nacional e nos diferentes escalões, patrulhamento com aviões médios, e reforço da comunicação de emergência.

Os dados da ANEPC indicam que até às 17h00 desta segunda-feira estiveram envolvidos no combate às chamas, além dos 1.735 operacionais, 555 veículos e 25 meios aéreos.

À mesma hora estavam ainda envolvidos 827 operacionais em 47 ocorrências em fase de resolução.

Do balanço desta segunda-feira ainda a registar um operacional assistido no local e três levados para o hospital. José Ribeiro disse serem situações ligeiras.

Quanto aos dois aviões Canadair que estavam a operar e que sofreram avarias, levando Portugal a pedir apoio a Marrocos, o segundo Comandante Nacional disse que a expectativa é que voltem a estar operacionais no final da semana. E salientou que "há certamente um conjunto de penalizações para estas inatividades".

José Ribeiro disse ainda assim que estas situações são compreensíveis, dada da elevada atividade. Hoje até às 18h30 foram feitas 155 missões e no domingo foram 165, com um total de 232 horas de voo, exemplificou. E admitiu que se os dois aviões estivessem operacionais os resultados de hoje no combate aos fogos podia ser diferente.

Quanto a queixas que surgem de populações sobre falta de meios o responsável respondeu com a complexidade das operações de combate e com a prioridade em proteger pessoas e bens e admitiu também que em casos de incêndios de grandes dimensões pode haver momentos em que, em determinado local, não haja meios para o combate.

Além de se mostrar solidário com populações afetadas pelos últimos incêndios, e de deixar um incentivo para os operacionais, José Ribeiro recordou as restrições em vigor devido à situação de alerta.

Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio e nas últimas semanas têm deflagrado vários incêndios no norte e centro do país que já consumiram uma área de quase 60 mil hectares este ano.

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