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Fogo de Seia que começou numa desavença entre vizinhos tem 70% do perímetro dominado

Incêndio poderá entrar em resolução na manhã de domingo.

Atualizado a 07 de setembro de 2025 às 09:37
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Fogo em Seia começou numa desavença entre vizinhos. Suspeito já foi detido pela GNR

O incêndio que deflagrou em Seia, distrito da Guarda, este sábado, e que mobiliza mais 500 operacionais, tem já 70% do perímetro dominado, indicou o comandante dos bombeiros, num ponto de situação pelas 20h30.

O comandante referiu que o fogo se propagou a uma velocidade de 2 mil metros por hora, numa zona de mato que não ardia "desde 2012" e que por isso era composto por vegetação facilmente combustível. O incêndio chegou a afetar "alguns aglomerados populacionais", mas a coorporação conseguiu colocar veículos em todas as aldeias, pelo que não foi necessária a evacuação das aldeias. As autoridades apelam ao confinamento em casa nas zonas afetadas. 

O CM sabe que o incêndio começou devido a desavença entre vizinhos. O alegado incendiário, um homem brasileiro, desentendeu-se com o vizinho e ateou fogo à casa. Já foi detido pela GNR e o caso passou para a alçada da Polícia Judiciária. O detido vai ser presente a juiz pelas 9h00 de segunda-feira, no Tribunal de Seia, para aplicação das medidas de coação, apurou o Correio da Manhã

Segundo fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil das Beiras e Serra da Estrela, cerca das 13h00 o incêndio lavrava numa zona de povoamento florestal e tinha duas frentes ativas, sem que houvesse povoações em risco.

"O fogo está ativo e tem duas frentes ativas. O vento forte que se faz sentir está a dificultar o combate", disse a mesma fonte.

O alerta para este incêndio foi dado cerca das 10h30 e às 13h00, segundo a página de Internet da Autoridade Emergência e Proteção Civil (ANEPC) consultada pela agência Lusa, o combate a este fogo mobilizava um total de 234 operacionais, auxiliados por 63 veículos e 10 meios aéreos.

Segundo fonte do comando sub-regional de Emergência e Proteção Civil das Beiras e Serra da Estrela, o incêndio ainda está ativo, mas "os trabalhos estão a decorrer favoravelmente" porque "os meios que estão a trabalhar estão a conseguir travar as frentes de incêndio que existem".

"Há aqui uma janela de oportunidade para se conseguir, eventualmente, a manter-se as previsões, talvez dominar o incêndio da parte da manhã, do dia de amanhã [domingo]", adiantou a fonte.

Explicou que a área onde lavra o incêndio está divida em quatro setores, um dos quais em fase de consolidação e rescaldo, outro com 25% de perímetro ativo, um terceiro setor com 80% de perímetro ativo e o último setor já dominado.

"O ponto de situação geral é, como eu lhe disse, combate a decorrer favoravelmente, meios posicionados, e está a ser feita uma intensificação do trabalho de máquinas de rastos, com o objetivo de fechar todo o perímetro de incêndio durante a noite, ou seja, para que durante a manhã se consiga dar o incêndio como dominado", explicou, acrescentando que essas previsões assentam no pressuposto de que se mantêm as atuais condições no terreno.

Sobre essas condições, o operacional frisou que a meteorologia também está a ajudar, com a diminuição da intensidade do vento e o aumento da humidade relativa.

Publicada originalmente a 06 de setembro de 2025 às 13:32

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