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Marcelo pressiona acordo na floresta

Belém quer tirar lições da tragédia e espera unidade nacional para o futuro, num recado à esquerda.

22 de junho de 2017 às 03:42

O Presidente da República quer rapidez na aprovação dos diplomas para a reforma da floresta no Parlamento, após a tragédia de Pedrógão Grande. Os deputados sentiram a pressão e agendaram ontem o pacote legislativo para votação final a 19 de julho.

O Bloco de Esquerda fez saber que entregou um calendário para debater as propostas logo pelas 10h00, ou seja, depois de Marcelo Rebelo de Sousa exigir legislação "sobre tudo", antes de os deputados irem de férias. A declaração foi feita ao ‘Expresso’ antes de Marcelo rumar a Castanheira de Pera para os funerais das vítimas e pedir que se tirem ilações da tragédia. No local avisou: "Estamos todos interessados e há uma unidade nacional em se retirar para o futuro as lições [da tragédia]".

Ao que apurou o CM, Marcelo não falou com os partidos antes dos funerais, para dar o recado, mas o primeiro-ministro, concertado com Belém, já tinha pedido também celeridade. O PS avançou, por isso, com um calendário alternativo ao do BE, com um grupo de trabalho a funcionar entre 26 de junho e 5 de julho. No final, o resultado será votado a 19 de julho, mas para isso é necessário que o PS ceda ao BE e ao PCP nas restrições à expansão e plantação de eucaliptos, a razão principal para congelar o pacote legislativo do Governo desde abril.

Ontem, os partidos uniram-se num minuto de silêncio de homenagem às 64 vítimas da tragédia de Pedrógão Grande, mas hoje devem exigir explicações ao Governo. O BE admite que um inquérito parlamentar "é uma matéria a ser vista".

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