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Mário Machado faz saudação nazi após sair em liberdade. Veja o momento

Militante de extrema-direita e antigo líder do partido Nova Ordem Social foi detido esta semana por posse de arma ilegal.

12 de novembro de 2021 às 10:41
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Mário Machado crítica Ministério Público e faz saudação nazi à saída do tribunal

Mário Machado saiu em liberdade com apresentações quinzenais às autoridades, decidiu esta sexta-feira o juiz de Instrução Criminal. "É uma vitória para mim mas é uma derrota para a democracia", sublinhou o militante de extrema-direita após conhecer a medida de coação.

"Não estão reunidas as condições para eu exercer o meu direito à liberdade de expressão. A partir de hoje vou-me retirar das redes sociais", referiu Mário Machado à saída do tribunal, onde voltou a referir ser "um preso político". O antigo líder da Nova Ordem Social - partido de extrema-direita - diz-se impedido de continuar ativo na vida política e que o juiz o queria manter na prisão durante oito anos por um texto que escreveu nas redes sociais. "Nunca em democracia se viu uma coisa desta forma", atirou Mário Machado.

No final da intervenção à imprensa, Mário Machado citou Voltaire: "É perigoso estar certo quando o Governo está errado" e fez uma saudação nazi acompanhada da frase: "Viva a vitória! [Sieg Heil]", antes de ir cumprimentar alguns conhecidos que o esperavam à porta do tribunal.

Em declarações à saída do tribunal, o advogado de Mário Machado referiu que o cliente está "satisfeito" e não havia matéria suficiente para uma moldura penal que enquadrasse a prisão preventiva.

O militante de extrema-direita e antigo líder do partido Nova Ordem Social foi detido esta semana por posse de arma ilegal na sequência de uma investigação por suspeita de crime de incitamento ao ódio e violência. Mário Machado está a ser investigado pela Polícia Judiciária por suspeitas de disseminas ódio racial e incentivar à violência através das redes sociais.

O neonazi passou os últimos dias na prisão anexa às instalações da Polícia Judiciária.

Histórico de crime

O nacionalista tem também um registo criminal marcado por várias condenações, entre as quais a sentença, em 1997, a quatro anos e três meses de prisão pelo envolvimento na morte, por um grupo de 'skinheads', do português de origem cabo-verdiana Alcino Monteiro na noite de 10 de junho de 1995.

Tem ainda uma outra condenação de 10 anos, fixada em 2012 por cúmulo jurídico na sequência de condenações a prisão efetiva em três processos, que incluíam os crimes de discriminação racial, ofensa à integridade física qualificada, difamação, ameaça e coação a uma procuradora da República e posse de arma de fogo.

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