Buscas em dezenas de lugares, nomeadamente à casa de Alexandre Pinto da Costa e de vários jogadores. Em causa estão milhões em transferências no futebol.
Megaoperação do fisco visa milhões em transferências no futebol
A Autoridade Tributária, acompanhada pela GNR, está a fazer esta quarta-feira buscas em vários pontos do País, no âmbito de um esquema de fraude envolvendo transferências de jogadores de futebol. Tratam-se das maiores buscas de sempre no que diz respeito a impostos, com mais de 100 elementos da Autoridade Tributária envolvidos.
Há buscas na casa de Alexandre Pinto da Costa, agente de futebol e filho do presidente do FC Porto e também na Torre das Antas, na cidade Invicta. Alexandre Pinto da Costa estará envolvido em dezenas de transferências de fuga ao fisco.
As buscas visam ainda o Benfica, o Sporting e os serviços jurídicos do FC Porto. Os juízes de Lisboa acompanham as buscas na Luz e em Alvalade.
Megaoperação do fisco no FC Porto, Benfica e Sporting
Segundo apurou o CM, no interior do Estádio da Luz estão vários elementos do fisco.
As buscas decorrem também em casa de jogadores de futebol da I Liga, que estão ou passaram pelos grandes do futebol português, para que seja feita a comparação entre os contratos que estão nas SAD e os que estão na posse dos jogadores, de forma a avaliar se há discrepãncias.
Ao que o CM sabe, no Benfica estão em causa contratos entre 2015 e 2020 e no Sporting contratos assinados entre 2015 e 2017, ou seja, durante as gestões de Luís Filipe Vieira e Bruno de Carvalho, respetivamente. No Porto, dizem respeito à gestão de Jorge Nuno Pinto da Costa. No Sporting estão a ser verificadas pelo Fisco transferências de sete jogadores: Bas Dost, Naldo, André Pinto, Rubén Semedo, Battaglia, Beto Pimparel e Schelotto. No Benfica, os contratos que estão a ser vistos são os de Chiquinho, Vlachodimos e Gonçalo Guedes. O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) confirmou, entretanto, que estão em curso mais de seis dezenas de buscas nas áreas de Lisboa, Porto, Braga, Viana do Castelo, Aveiro e Setúbal. Estas buscas abrangem "instalações de sociedades, incluindo as sociedades anónimas desportivas do Sporting C.P, S.L. e Benfica e F.C.Porto, escritórios de advogados e de contabilidade, bem como diversas residências". Em causa estão suspeitas de práticas de crimes de "fraude fiscal qualificada, fraude contra a segurança social e branqueamento de capitais, ligadas com celebração ou renovação de contratos de trabalho desportivo, pagamento de comissões e circuitos financeiros que envolvem os intermediários nesses negócios, bem como utilização de direitos de imagem". O DCIAP esclarece ainda que os factos em investigação ocorreram entre 2014 e 2022. "Existem indícios de vantagens patrimoniais ilegítimas, fiscais e contra a segurança social, no valor global de mais de 58 milhões de euros", pode ler-se. A Autoridade Tributária (AT) também veio confirmar esta operação, intutulada "Operação Penálti", por suspeitas de fraude e fraude qualificada. A AT detalha que foi dado cumprimento de 67 mandados de busca, sendo 36 mandados de busca domiciliária e 31 mandados de busca não domiciliária, sendo três a Sociedades Anónimas Desportivas (SAD) e 28 a escritório de advogados, gabinetes de contabilidade e empresas de agentes de desportivos.
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) confirmou, entretanto, que estão em curso mais de seis dezenas de buscas nas áreas de Lisboa, Porto, Braga, Viana do Castelo, Aveiro e Setúbal. Estas buscas abrangem "instalações de sociedades, incluindo as sociedades anónimas desportivas do Sporting C.P, S.L. e Benfica e F.C.Porto, escritórios de advogados e de contabilidade, bem como diversas residências".
Em causa estão suspeitas de práticas de crimes de "fraude fiscal qualificada, fraude contra a segurança social e branqueamento de capitais, ligadas com celebração ou renovação de contratos de trabalho desportivo, pagamento de comissões e circuitos financeiros que envolvem os intermediários nesses negócios, bem como utilização de direitos de imagem".
O DCIAP esclarece ainda que os factos em investigação ocorreram entre 2014 e 2022. "Existem indícios de vantagens patrimoniais ilegítimas, fiscais e contra a segurança social, no valor global de mais de 58 milhões de euros", pode ler-se.
A Autoridade Tributária (AT) também veio confirmar esta operação, intutulada "Operação Penálti", por suspeitas de fraude e fraude qualificada.
De acordo com a AT, "os mesmos negócios terão visado ocultar ou obstaculizar a identificação dos reais beneficiários finais dos rendimentos subtraindo-os, por estas vias, ao cumprimento das obrigações declarativas e subsequente tributação devida em Portugal".
Recorda-se que a Operação 'Fora de Jogo', ligada ao futebol, decorre há vários anos e já conta com 47 arguidos. Este é o maior processo na história do fisco português no universo do futebol.
Jorge Mendes e a Gestifute também são arguidos neste processo.
Recorde-se que foi o hacker Rui Pinto quem deu abertura a estes processos. Ao longo dos últimos anos, Rui Pinto tem colaborado com a investigação e aceitou abrir os ficheiros que conta todos estes 'segredos'.
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