Tribunal rejeita pedido da acusação de ouvir a vítima.
A menina que foi violada num campo de milho em Joane, Famalicão, no dia em que comemorava 14 anos, quer relatar no tribunal como tudo aconteceu. A criança, que sofre de stress pós-traumático, está disposta a relatar o terror por que passou, mas a sugestão foi, na primeira tentativa, rejeitada pelo juiz do Tribunal de Guimarães, que, em outubro, começa a julgar o caso. A advogada de acusação já entregou novo pedido.
O caso remonta a 2 de setembro de 2013, quando a menor foi surpreendida, ao voltar a casa, por Marco Abreu, de 31 anos. O desempregado, na altura casado e com duas filhas menores, interpelou a vítima e arrastou-a para o campo, onde a violou. A criança ainda gritou por socorro, mas o agressor tapou-lhe a boca com a mão e disse-lhe: "Só te largo quando acabar o serviço."
A menor já foi alvo de perícias psicológicas e psiquiátricas. Passou a ter oscilações de humor, um discurso infantilizado, apatia e comportamento de automutilação. Ainda assim, está disposta a contar tudo por que está a passar – é alvo de chacota na escola. Porém, o juiz entende que, como já foi ouvida para memória futura e não é assistente no caso, não pode ser ouvida no julgamento. O arguido está solto, apesar de ter uma estrutura mental que facilita a repetição de agressão sexual.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.