A edição de hoje
Menor passou fome, foi esfaqueado e obrigado a beber vinho.
A partir de 2012, quando tinha quatro anos, e até 2014, um menino viveu um autêntico terror às mãos do padrasto. Era obrigado a dormir no chão e a beber vinho, ia para a escola com um pão com manteiga com três dias – num saco de plástico com cheiro nauseabundo – e via constantemente o homem espancar a sua mãe, os vizinhos e os cães na rua. Em abril de 2013, o menor foi até esfaqueado numa perna por Vítor Sousa, de 38 anos. Preso preventivamente e acusado de dois crimes de violência doméstica agravados, começa a ser julgado em setembro no tribunal de S. João Novo, no Porto.
Os factos começam em junho de 2012, altura em que a mãe do menor se envolveu com o arguido. A partir dessa altura, Vítor Sousa passou a exigir todos os rendimentos à companheira – moraram na Trofa, em Valongo e no Porto. Sem dinheiro, a mulher viu-se impedida de adquirir um medicamento para o filho, no valor de quatro euros, depois de o menino ter sido operado ao nariz e ouvidos. "Por via disso, o menor ficou com uma infeção e sofreu perda da audição de 50%", lê-se na acusação.
O menor ia para a escola sem dormir e queixava-se de que tinha fome. Durante o ano de 2014, o menino e a mãe, aí já grávida de um filho do arguido e no final da gestação, chegaram a ser obrigados a pernoitar na rua.
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