Vítima estava do lado de fora das grades da ponte.
Só pensámos em salvá-lo. Tínhamos de o tirar dali." É de forma emocionada que o cabo Vasconcelos, do Destacamento de Intervenção da GNR do Porto, conta o momento em que, com os seis colegas de equipa, salvou um jovem do suicídio. A história de coragem ocorreu ontem de manhã, na ponte da Arrábida.
A equipa regressava do último serviço do dia, no sentido Gaia-Porto, quando viu o jovem benzer-se e avançar para as grades, a meio da ponte. Já com dezenas de condutores a fazerem sinais de luzes e com as mãos na cabeça, os militares pararam. "Foi muito rápido. Como sou o chefe do grupo, fui falar com ele. Perguntei o que se passava e tentei que ele se focasse apenas em mim", descreve o militar ao CM, adiantando que o jovem, de 22 anos e com historial de doenças mentais, reagiu mal. "Só estava seguro pelas mãos. Disse que se atirava se nos aproximássemos", explicou.
Em 20 segundos, a equipa agiu. Sem que o jovem se apercebesse, enquanto falava com o chefe, outros dois militares conseguiram agarrá-lo pelas costas, salvando-o de uma morte certa. "Nunca me tinha acontecido nada assim. Nunca mais me vou esquecer", garantiu o cabo Vasconcelos. A vítima – que tinha uma Bíblia, um terço e uma tesoura – ficou internada no Hospital Magalhães Lemos.
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