Para a governante, não é tempo de "quezílias ou protagonismos".
A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, antecipou esta terça-feira um período de árduo trabalho devido aos incêndios rurais, considerando que não é tempo de quezílias ou protagonismos.
"Temos à nossa frente um período de árduo trabalho na salvaguarda e proteção de pessoas e bens, um período de arregaçarmos e mantermos arregaçadas as mangas, para um ingrato combate não só contra os elementos, mas igualmente contra as mãos que criminosamente vão ceifando vidas de concidadãos nossos e suas propriedades que tanto suor lhes custou", afirmou Margarida Blasco.
Na apresentação, em Ourém, no distrito de Santarém, do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para 2024, Margarida Blasco considerou que é altura de "um trabalho conjunto, articulado e com a maior necessidade prioritária de unidade de ação e de objetivos".
"A partir de hoje, cada uma das estruturas, serviços e associações que integram esta estrutura conjunta, assim como cada um dos indivíduos que as compõem, devem abandonar, como sei que abandonarão em nome de Portugal, a procura de protagonismos pessoais, institucionais coletivos ou corporativos, para abraçar e se integrarem plenamente na necessária ação conjunta", adiantou.
Para a governante, não é tempo de "quezílias ou protagonismos, mas de ação pelo bem de cada um dos cidadãos, todos esses que depositam a sua confiança no imenso valor de cada" um dos operacionais que, "com os meios à sua disposição, tudo farão para cumprir" o seu "papel essencial no dispositivo alargado da proteção civil".
"Hoje, decorrido que está pouco mais de um mês de governação, pouco nos deve importar operacionalmente agora saber se se fez tudo o que deveria ter sido feito para tornar mais robusto e eficaz o dispositivo que hoje inicia os seus trabalhos", declarou, notando que "esse será o trabalho do Governo" na procura de "tudo fazer para melhorar o sistema a partir daqui".
Referindo-se aos veículos para combate a incêndios que vão ser entregues a corporações de bombeiros até ao final do ano (81 no total, sendo que 10 foram hoje), a ministra considerou que "agora não é ainda a hora de dizer se se podiam ter conseguido mais", como não é "a hora, nem o local, de procurar culpas nos planos incompletos de aquisição de mais e melhores meios aéreos para o combate dos incêndios", mas antes de "usar plena e eficazmente" os que existem "sem prejuízo do esforço" na "procura de soluções mais alargadas e robustas".
Por outro lado, defende que não é hora de abandonar "a limpeza dos terrenos", mas de a acelerar, enquanto no Governo se estudam "soluções de maior eficácia para beneficiar aqueles que cumprem".
A governante fez ainda referência aos incêndios de 2017, que provocaram a morte de mais de 100 pessoas na região Centro, considerando que se aprendeu com estas "horríveis tragédias" e "se tem feito um esforço em planear para assegurar a mobilização, prontidão, empenhamento e gestão de todos meios disponíveis da forma mais eficiente e eficaz possível, num esforço coletivo do Estado, das instituições e dos privados".
"Mas, neste Governo (...) queremos ir sempre um pouco mais longe. Não nos podemos cristalizar numa evolução já automatizada, mas antes impulsionar a procura da evolução, melhorando o que há a melhorar e reformando o que há a reformar", acrescentou.
Os operacionais envolvidos no combate aos incêndios rurais vão aumentar ligeiramente este ano, estando previstos para os meses considerados mais críticos 14.155 elementos, mas o dispositivo vai contar com menos dois meios aéreos, segundo a diretiva operacional nacional, que estabelece o DECIR.
A diretiva foi aprovada na segunda-feira e contempla um reforço de meios a partir desta quarta-feira.
Aos jornalistas, a ministra explicou que "esteve em vigor a anterior diretiva".
"Não há nenhum hiato entre diretivas", afiançou Margarida Blasco e, quanto a menos meios aéreos, respondeu que se está nos "ajustes finais" para que possam ser disponibilizados.
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