Jornalista disse que "estava o esquema todo montado na Justiça".
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A jornalista Manuela Moura Guedes apelou ao Ministério Público para que abra um inquérito ao comportamento do ex-Procurador-Geral da República Pinto Monteiro por este ter alegadamente "abafado investigações" ao antigo primeiro-ministro José Sócrates.
Manuela Moura Guedes acusou Pinto Monteiro e Cândida Almeida de "terem feito tudo para abafar" os casos que envolviam o antigo primeiro-ministro José Sócrates, que acusou de "controlar a Justiça" e solicitou uma investigação ao Ministério Público.
"José Sócrates conseguiu controlar a Justiça. O Procurador-Geral da República é indicado pelo primeiro-ministro e nomeado pelo Presidente da República. Indicou Pinto Monteiro que tudo fez para abafar os casos complicados de José Sócrates, ele e Cândida Almeida, que estava no DCIAP, com a ajuda de quem estava a investigar em Setúbal o caso Freeport, a inspetora Alice", disse Manuela Moura Guedes, em entrevista, na quarta-feira, à Edição da Noite da SIC Notícias.
Manuela Moura Guedes disse que "estava o esquema todo montado na Justiça", salientando que existiam "demasiados casos e demasiados indícios de aldrabices" relacionados com Sócrates e que "o regime esteve em perigo" com o controlo exercido pelo então primeiro-ministro.
"Os Procuradores-gerais devem ser o garante da legalidade e devem ser os mais escrutinados", afirmou.
Manuela Moura Guedes disse ainda "ter medo" que estivessem a "querer colocar os patins" em Joana Marques Vidal, a atual Procuradora-Geral da República, que, na opinião da jornalista, "tem provado que as coisas com ela são completamente diferentes".
A jornalista, que ao serviço da TVI investigou vários casos relacionados com José Sócrates, referiu-se ao "amigo [Armando] Vara" e a Ricardo Salgado, ao BCP, à Caixa Geral de Depósitos (CGD) e à comunicação social, defendendo que "tudo o que não era controlado era abafado".
Sócrates tinha "o controlo da Justiça, do sistema financeiro, com o amigo Vara no BCP e CGD, e no meio empresarial com a PT e Ricardo Salgado, com a comunicação social. O que não estava controlado [por Sócrates] era abafado", declarou, referindo ser "assustador haver o controlo de tudo e ninguém ter feito nada".
Esta entrevista surgiu numa altura em que foram denunciados crimes alegadamente cometidos pelo antigo ministro da Economia e Inovação Manuel Pinho (2005-09), no Governo de José Sócrates, que ficou incomodado por dirigentes socialistas o terem também criticado por ter sido acusado de vários crimes na 'Operação Marquês', levando a que o ex-primeiro-ministro se desvinculasse do partido.
Na opinião de Manuela Moura Guedes, o caso de Manuel Pinho "serviu de fósforo que ateia a coisa" e o PS teve "provavelmente medo que a coisa rebentasse até às eleições".
O Jornal Nacional da TVI, às sextas-feiras, foi suspenso em 2009 por decisão da administração da estação televisiva, após uma longa polémica relacionada com investigações em torno do então primeiro-ministro José Sócrates.
O jornal de sexta-feira, que tinha Manuela Moura Guedes como pivô, dava, entre outras notícias, especial ênfase às investigações relacionadas com José Sócrates, nos casos da licenciatura, da Cova da Beira e Freeport, entre outros, o que desencadeou forte polémica com o antigo chefe do Governo, que alegadamente pressionou a administração da TVI para acabar com aquele espaço de informação, sendo conhecidos mais tardes pormenores de conversas do governante para tentar vender a estação de televisão.
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