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Condutor que matou culpa vítimas por irem de preto

Artur Gonçalves admite excesso de velocidade, mas nega culpa.

11 de dezembro de 2015 às 08:30

Artur Gonçalves admitiu esta quinta-feira aos juízes do Tribunal de Penafiel que seguia em excesso de velocidade na noite de 22 de abril de 2011, quando atropelou mortalmente quatro mulheres, que tinham entre os 54 e os 75 anos, e que seguiam numa procissão em Vila Chã do Marão, Amarante. Apesar disso, considera não ser o culpado do acidente mortal.

"A culpa não foi minha. Ultrapassei um carro que estava parado e, quando vi as pessoas, já não consegui travar a tempo. Tinha pouca visibilidade e não as vi antes porque estavam vestidas de preto", disse.

A juíza perguntou então ao condutor se o acidente poderia ter sido evitado caso as cerca de cem pessoas que seguiam na via-sacra da Sexta-feira Santa usassem coletes refletores. "Se assim fosse, se calhar era mais fácil não bater", acrescentou.

Apesar de admitir que excedeu o limite legal de velocidade para aquela zona – que se situava nos 30 km/hora – o arguido, de 28 anos, disse não saber a que velocidade seguia ao certo. Um relatório dá conta de que iria, no mínimo, a 68 km/hora. "Se calhar podia ir a 60 ou 70 km/hora, mas mais não", referiu, após ter sido confrontado com marcas de travagem ao longo de 15 metros.

Artur Gonçalves responde por quatro homicídios negligentes e pelos ferimentos causados a outras 14 pessoas.

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