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"Não pode ser o meu pai"

Famílias receberam notícia da morte ao longo do dia. Jovem implorava por milagre.

26 de março de 2016 às 01:00

Família em angústia antes de saber do acidente

Manuel Pinho tinha ligado à mulher, Maria da Conceição, minutos antes de iniciar a viagem. Prometeu que chegava cerca das 17h00, e preparava-se para passar a Páscoa com os familiares que tinha deixado há quase seis anos para trabalhar na construção civil na Suíça. Emigrou para fugir ao desemprego, mas nunca esqueceu quem ficou. Todos os meses enviava dinheiro para as duas filhas (de 14 e 21 anos) e para a mulher. "Ligou-nos e disse a que horas chegava. Estava cansado, mas feliz por vir ter com as filhas. Assim que soubemos do acidente, tentámos logo ligar-lhe, mas nunca mais deu sinal. Foi uma angústia", disse Carlos Azevedo, genro da vítima.

Com Manuel Pinho, seguiam dois amigos – José Luís Silva, de 55 anos, e Adriano Sousa, de 52. O primeiro, também de Fajões, vinha a Portugal para tratar de assuntos relacionados com a casa que estava a construir. Soube na quarta-feira que estava de folga, e a escassez de tempo para arranjar outra forma de viajar fê-lo aceitar a ‘boleia’ na carrinha com os amigos. Deixou na Suíça a mulher e o filho. Já Adriano Sousa, de Escariz, Arouca, vinha a Portugal para passar a Páscoa com a mulher e as duas filhas. A família estava ontem em choque. 

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