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Oficiais da PSP reclamam mudança na lei da droga

Presidente do sindicato que representa a classe defende fim da exclusividade da Polícia Judiciária na investigação do tráfico internacional.

10 de novembro de 2025 às 01:30

Os oficiais da PSP querem uma mudança urgente na Lei da Organização de Investigação Criminal (LOIC), que permita acabar com a exclusividade da Polícia Judiciária (PJ) na investigação de processos de tráfico internacional de droga. Bruno Pereira, presidente do Sindicato Nacional de Oficiais da PSP (SNOP), defende mesmo a atribuição do papel de coordenação dos inquéritos de tráfico a um organismo externo às polícias (PSP, GNR e PJ), que pode ser o Sistema de Segurança Interna, ou o próprio Ministério Público.

Bruno Pereira reconhece, "acima de tudo", a "importância de todas as polícias no combate ao tráfico de droga". No entanto, as estatísticas mostram, defende, "a supremacia da PSP no volume absoluto de apreensões". Exemplo disso, avança, foi a recente megaoperação de combate ao tráfico internacional de droga que, no mês passado, levou à detenção de sete pessoas (todas em preventiva) e à apreensão de 5800 quilos de haxixe (a maior de sempre da PSP) e ainda 580 mil euros, 21 telemóveis, duas metralhadoras e várias lanchas rápidas. 

Por isso, avança Bruno Pereira, urge mexer na LOIC. "A lei é de 1995, quando a investigação criminal estava a dar os primeiros passos na PSP e GNR. Já não faz sentido, 30 anos depois, dar primazia à PJ na investigação ao tráfico internacional. Seria mais eficaz um trabalho de coordenação entre todos, sabendo que Portugal é um alvo apetecível para a cocaína sul-americana e o haxixe africano", concluiu o presidente do SNOP. 

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