O dia de ontem foi fatal para oito pessoas, nas estradas portuguesas, elevando para 29 o número de mortos na última semana – a que acrescem, pelo menos, 54 feridos. Comparativamente, nos primeiros sete dias de Julho houve 11 mortos. O primeiro acidente ocorreu no Algarve. Frederick Hurlly, de 62 anos, teve morte imediata quando o Toyota Rav4 cinza que conduzia se despistou e caiu numa ravina, pelas 00h17 da madrugada de ontem. Foi ao km 37 da Estrada Nacional 125, junto à Figueira, concelho de Portimão. A mulher, Valerie Anne Hurlly, de 72 anos, ficou gravemente ferida.
Segundo o CM apurou no local, o casal de ingleses, residente na zona, teve de ser desencarcerado pelos Bombeiros Voluntários de Portimão. O carro, que capotou, ficou desfeito.
Admite-se que o sono possa ter estado na origem do acidente. O condutor terá perdido o controlo da viatura, que atravessou a faixa contrária e destruiu sinalização de trânsito antes de se despenhar.
O óbito do condutor foi confirmado no local por uma equipa do INEM e o corpo transportado para a morgue do Hospital de Portimão. A mulher foi conduzida à mesma unidade hospitalar.
As circunstâncias do acidente estão a ser investigadas pela GNR de Albufeira.
Já na localidade de Vagueira, em Aveiro, dois homens perderam a vida, às 02h48, quando levavam um amigo a casa, que acabou por sobreviver ao despiste. O BMW onde seguiam embateu violentamente num pinheiro. 'O meu filho está na mesa de operações em Coimbra. Disseram-nos que pode ficar sem andar', lamentava a mãe de Bruno Fonseca, de 23 anos.
Nuno Areias, 32 anos, seguia ao volante. Emigrante na Alemanha, estava de férias na Vagueira, sua terra natal. José Mateus, 30 anos, teve morte imediata. Foi projectado para o sítio do motor e ficou trilhado entre o carro e a árvore. O homem vivia sozinho na Lomba, em Vagos, e deixou órfãs duas meninas gémeas. Mais a sul, na Figueira da Foz, mais duas pessoas morreram (ver caixas em cima à direita).
O dia de ontem ficou também marcado pela morte de dois motards que regressavam da concentração de Faro. Um morreu na N120, em Alcácer do Sal (ver caixa vermelha) e outro na Estrada do Vale da Rosa, em Setúbal. No último caso, a vítima, que pertencia ao Grupo Motard Xupa Kabras, tinha cerca de 30 anos e, após se despistar, às 19h57, embateu num veículo
'FICOU DENTRO DO MOTOR E COM A CABEÇA DE FORA'
A escuridão da noite, uma curva mal calculada e a grande velocidade foram fatais para José Mateus, 30 anos, e Nuno Areias, 32. Bruno Fonseca, 23, ia no banco de trás e sobreviveu. Está em estado grave no hospital de Coimbra. Os amigos seguiam pela Estrada Florestal, Vagueira, Vagos, quando bateram violentamente num pinheiro, ontem às 02h48. O BMW partiu-se em dois e José teve morte imediata. 'É um pesadelo. O meu homem ficou todo desfeito', gritava a mulher de Nuno, o condutor. 'Ouvi o carro passar e logo um grande estoiro. Um ficou no motor com a cabeça de fora', contou a testemunha João Sousa.
COLISÃO FRONTAL MATA NAMORADOS E FERE CINCO
Na Figueira da Foz, uma violenta colisão frontal entre dois carros matou um casal de namorados e feriu cinco pessoas, às 04H47 de ontem. As vítimas mortais são Filipe Cruz, 29 anos, de Matas, Figueira da Foz, e a namorada, Ana Rita Neves, 32 anos, de Carriço, Pombal. Ana Rita viajava com uma amiga, que ficou ferida, na mala da viatura comercial conduzida pelo namorado. No banco da frente seguia outro homem, 39 anos. Segundo a população, terão estado numa festa e regressavam à Figueira da Foz, onde o casal que sobreviveu reside. No outro carro seguiam três pessoas, com idades entre os 25 e os 32 anos.
DISCURSO DIRECTO
"MOTOCICLISTAS SÃO A MAIOR PREOCUPAÇÃO": Costa Lima, Porta-voz da GNR sobre aumento do número de acidentes com condutores de veículos de duas rodas
Correio da Manhã – Há um aumento do número de acidentes com motociclos. O que se passa?
Costa Lima – De facto, notámos um aumento da sinistralidade com veículos de duas rodas, que é anormal. No Verão há um aumento de condutores deste tipo, o que aumenta a probabilidade de acidente. Os condutores de duas rodas são a nossa maior preocupação agora.
– São os condutores não-habituais os principais responsáveis pelos acidentes?
– Não há dados quanto a isso. O que posso dizer é que a condução de moto obriga a que o condutor se preocupe consigo e com os outros, pois é sempre mais frágil do que o condutor de um carro. Mas é óbvio que alguém que não esteja habituado a conduzir o ano todo, e que o faça apenas ocasionalmente, tome mais medidas de precaução.
– Quais são os principais factores de risco na estrada?
– A manobra perigosa continua a ser o principal risco, logo seguida do excesso de velocidade e da condução sob efeito de álcool.
– O final do mês preocupa?
– Sim, porque acaba a quinzena e os emigrantes regressam, aumentando muito o tráfego.
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