Pároco e voluntária suspeitos de burla e fuga ao Fisco. Artigos deveriam ser para caridade e eram vendidos em loja.
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Depois de no início de setembro ter apreendido roupa no valor de 208 mil euros doada a uma instituição de solidariedade social da zona de Mafra - gerida pelo padre Joaquim Batalha para ajudar famílias na Guiné-Bissau - e que acabou ilegalmente vendida em lojas, a GNR continuou a investigação. E em Fiães, Santa Maria da Feira, apreendeu agora 96 mil peças de vestuário avaliadas em 4,25 milhões de euros, também entregues à caridade e que, à semelhança do caso de Mafra, eram vendidas em lojas.
O processo conta, para já, com dois arguidos por burla e fraude fiscal: o padre Joaquim Batalha, diretor da Fundação João XXIII/Casa do Oeste (visada nas buscas feitas em Mafra); e uma voluntária da mesma instituição. O pároco disse ontem apenas "esperar pela justiça".
Ao que o CM apurou, o Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Mafra, que detém a investigação, quis constituir arguida Natália Rocha, presidente da Organização Não-Governamental ‘Viver 100 Fronteiras", proprietária do armazém em Fiães, Santa Maria da Feira, onde foi apreendida roupa no valor de 4,25 milhões de euros. Os crimes em causa também eram burla e fraude fiscal. A responsável, no entanto, está ausente na Guiné-Bissau.
A complexidade do processo pode fazer com que o inquérito seja agora entregue à Unidade de Ação Fiscal da GNR, ou à PJ. Nos processos de Mafra e Santa Maria da Feira, a empresa que detém as marcas de roupa Salsa e Tiffosi aceitou fazer doações de roupa, apenas depois da garantia dada pelas instituições de solidariedade de que obteria benefícios fiscais caso a roupa fosse mesmo doada a desfavorecidos da Guiné-Bissau.
Essas doações nunca chegaram a ser concretizadas, o que configura prática criminosa. A ‘Viver 100 Fronteiras’ não respondeu ontem aos contactos, telefónicos e por internet, feitos pelo CM.
50 é o número de anos de sacerdócio do padre Joaquim Batalha. Responsável da paróquia de Ribamar, Lourinhã, criou a Fundação João XXIII, que dirige desde 1992. A instituição tem várias valências, nomeadamente de apoio social em Portugal e África.
Roupa com defeito
A maior parte das doações semelhantes às feitas pelas empresas Salsa e Tiffosi, realizadas por empresas produtoras e comercializadoras de roupa, envolvem sempre artigos com defeitos de fabrico.
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