A edição de hoje
Arguidos, que estão a ser julgados na operação Babel, foram soltos ao final desta terça-feira após quase 23 meses em prisão preventiva.
Patrocínio Azevedo chega esta quarta-feira ao tribunal pela primeira vez já em liberdade
Patrocínio Azevedo e Paulo Malafaia chegaram esta quarta-feira ao tribunal pela primeira vez já em liberdade. Os dois arguidos, que estão a ser julgados na operação Babel, foram soltos ao final desta terça-feira após quase 23 meses em prisão preventiva. “A minha defesa será feita em tribunal. Foi difícil gerir emocionalmente toda esta situação”, disse Patrocínio Azevedo.
O antigo vice-presidente da Câmara de Gaia passou as primeiras horas em liberdade em casa com a família e teve muitas dificuldades em dormir. Também Paulo Malafaia mostrou-se satisfeito com a decisão, mas não quis prestar mais declarações.
Também João Lopes, que estava em domiciliária, foi ontem libertado. Os três arguidos ficam sujeitos a apresentações três vezes por semana e ainda com proibição de contactos. O Ministério Público sustenta que os arguidos estiveram envolvidos num alegado esquema de corrupção que visou favorecer projetos imobiliários do grupo Fortera. Patrocínio Azevedo está acusado de ter recebido 125 mil euros e relógios. Em tribunal já garantiu que nunca foi subornado.
Esta quarta-feira, os juízes estão a ouvir o engenheiro Marco Ferreira, que trabalha na empresa municipal Gaiurb. A testemunha tem estado a responder a várias questões sobre o projeto Riverside, do grupo Fortera. “Alguma vez foi coagido ou pressionado pelo engenheiro Patrocínio Azevedo para desenhar estas soluções?”, perguntou o advogado do ex-autarca, referindo-se às alterações que foram sendo feitas ao projeto. “Não, isso não aconteceu. Nunca senti pressão externa para desenhar um determinado tipo de solução, mas naturalmente que existiam reuniões”, afirmou a testemunha.
Marco Ferreira disse ainda que não tem memória de qualquer situação onde Patrocínio Azevedo tenha ido contra as indicações dadas pelos técnicos.
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