Miguel Serrano está acusado por três crimes de homicídio.
O Ministério Público (MP) pediu ontem no Tribunal de Faro a condenação de Miguel Serrano por três crimes de homicídio qualificado - um na forma consumada e dois na forma tentada. Em março do ano passado, o homem de 30 anos matou a sogra e feriu a mulher, de quem se estava a separar, depois de ter efetuado vários disparos de caçadeira através da porta do apartamento onde estas viviam, em Faro.
"Quero pedir desculpa a todos os envolvidos neste processo. Nunca quis matar ninguém, só queria arrombar a porta", disse Miguel Serrano nas últimas declarações ao coletivo de juízes.
Porém, o procurador do MP considerou nas alegações finais que, apesar de Miguel Serrano ter dito em tribunal que só queria disparar na direção da fechadura, "a porta não reflete isso". Para o MP, o arguido, com experiência de caça, "sabia perfeitamente que, por trás da porta do apartamento, estavam pessoas", e, "ao disparar, assumiu o risco" de as atingir.
Maria Cândida Rodrigues, de 62 anos, morreu no local depois de ter sido atingida na nuca e nas costas. A ex-companheira, Cristina, foi atingida num braço e teve necessidade de uma intervenção cirúrgica e fisioterapia. Também o irmão foi atingido por estilhaços na cara, mas sem gravidade.
A defesa considerou a acusação "excessiva" e sublinhou que "o arguido não teve a noção de que tinha morto alguém". "Uma pena entre os 7 e os 10 anos seria apropriada", disse o advogado aos juízes.
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