Os seis pescadores de Caxinas que sobreviveram ao naufrágio da sua embarcação entregaram neste sábado, no Santuário de Fátima, o terço com que rezaram durante os três dias em que permaneceram na balsa de onde foram resgatados pela Força Aérea.
O terço, que entregaram fechado numa pequena caixa de madeira no final do rosário, que antecedeu a eucaristia realizada ao fim da manhã na Capelinha das Aparições, vai integrar as relíquias do Santuário, disse o pároco que conduziu as celebrações.
Encabeçados pelo mestre José Coentrão, os seis pescadores assistiram às cerimónias religiosas na companhia do presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, dos dois pilotos do helicóptero da Força Aérea que os resgatou e de muitos familiares e amigos, tendo sido várias vezes aplaudidos pelos fiéis presentes.
José Coentrão disse aos jornalistas que está cumprida a promessa de entregar o terço com que rezou "bem alto" nas horas de maior desespero e que a experiência que viveu entre a noite de 30 de Dezembro e a manhã de 2 de Dezembro "renovou" a sua fé.
"Chamei muitas vezes Nossa Senhora e muitas vezes pedi que cobrisse a balsa com o manto branco dela. Foi muito importante para a gente. Na última noite foi muito forte. Caiu um temporal muito forte e nessa noite rezei muito a Nossa Senhora", disse.
Ricardo Amaral, um dos dois elementos da tripulação que avistou a valsa e conseguiu resgatar os seis homens com vida, confessou sentir-se "orgulhoso" por ver os pescadores com as suas famílias.
A peregrinação deste sábado a Fátima permitiu que tanto Ricardo Amaral como Bruno Silveira tivessem "um contacto mais chegado" com os pescadores.
"Pelas condições do mar e pelo tempo que tinha passado não tínhamos grande esperança", disse Ricardo Amaral, lembrando que se encontrava numa operação de rotina, mas que, sabendo que iam passar na zona do naufrágio do ‘Virgem do Sameiro', mantiveram "os olhos bem abertos".
A homilia na Capelinha das Aparições centrou-se nas "60 horas dramáticas" vividas pelos pescadores do "Virgem do Sameiro", um exemplo de quem "experimentou viver na zona sombria da morte", mas não desanimou e acreditou.
"Para os cristãos não há acasos mas também não há omissões", disse o Capelão do Santuário, Padre Manuel Santos, que presidiu à celebração, na qual foi coadjuvado pelo padre de Caxinas.
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