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Pinto Moreira insinua com “coincidências” no processo da "Operção Vórtex"

Ex-autarca de Espinho, um dos arguidos por corrupção imobiliária, deixa implícito que houve pressão “para entregar autarcas”.

01 de março de 2025 às 01:30

O ex-presidente da Câmara de Espinho, Pinto Moreira, a ser julgado no âmbito da ‘operação Vortex’, afirmou esta sexta-feira que “vários arguidos” foram “confrontados para entregar” os autarcas alegadamente envolvidos, e defendeu que há “coincidências do arco da velha” naquele processo.

O antigo autarca, recorde-se, está acusado de dois crimes de corrupção passiva agravada, um de tráfico de influências e um de violação de regras urbanísticas por funcionário. A acusação tem mais sete pessoas, incluindo outro ex-presidente da câmara de Espinho, Miguel Reis, e cinco empresas arguidas. A investigação, dirigida pelo Ministério Público e realizada pela Polícia Judiciária, culminou numa operação feita em 2023, e que desvendou uma rede de benefícios imobiliários de milhões de euros a diversos agentes económicos.

No depoimento esta sexta-feira prestado em tribunal, Pinto Moreira disse que enquanto não foi constituído arguido, e “iam saindo notícias sobre determinados pontos da acusação, vários arguidos foram confrontados pelo órgão de polícia criminal, PJ, para entregarem os presidentes da câmara”. O antigo autarca, respondendo ao Ministério Público, considerou mesmo “muito estranho” não ter sido confrontado, ao ser interrogado pela primeira vez a 24 de março, “com as acusações de outro dos arguidos, Francisco Pessegueiro”. 

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