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PJ detém cinco suspeitos de integrarem grupo que se dedicava ao cibercrime

Outros três arguidos já se encontram em prisão preventiva desde outubro.

20 de junho de 2023 às 13:33

A Polícia Judiciária deteve no Norte cinco suspeitos de se fazerem passar por colaboradores de uma instituição financeira de crédito, que convenciam as vítimas a ceder códigos de cartões, com os quais realizavam transações de valores elevados, revelou esta terça-feira.

Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) explicou que no âmbito desta atividade criminosa os detidos faziam-se passar por colaboradores de uma instituição financeira de crédito (operações de `vishing´ - técnica que utiliza o telefone para roubar informações pessoais), telefonavam às vítimas que, efetivamente, acreditavam que era a entidade financeira que as estava a contatar, alertando-as para eventuais operações suspeitas feitas com o seu cartão.

"Dessa forma, induziam ardilosamente as vítimas a ceder códigos bancários que viabilizaram a ocorrência de transações ilegítimas de valores muito avultados (na ordem das centenas de milhares de euros) com os dados dos respetivos cartões de crédito da dita instituição financeira", sublinhou.

Segundo a PJ, a informação usada para a prática destes crimes era obtida através do acesso indevido a bases de dados legítimas, a que um dos arguidos acedia no âmbito da sua atividade profissional.

Na sequência desta operação, apelidada de "call center", foram detidas cinco pessoas e realizadas sete buscas domiciliárias e duas não domiciliárias no Porto, Paredes, Gondomar, Guimarães, Espinho e Aveiro no decurso das quais foi apreendido "diverso material com interesse probatório".

Estas diligências são o resultado do desenvolvimento de uma "complexa investigação" no decurso da qual já se encontram em prisão preventiva, desde outubro passado, três outros arguidos, revelou a PJ.

Os detidos, com idades entre os 21 e 36 anos, são suspeitos da prática dos crimes de abuso de cartão de garantia ou de cartão, dispositivo ou dados de pagamento, burla qualificada, desvio de dados agravado, acesso indevido agravado e branqueamento de capitais.

Os cinco suspeitos, três homens e duas mulheres de nacionalidade portuguesa, vão ser presentes a primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.

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