Em causa estão contratos da área informática e milhões de euros desviados de fundos comunitários.
Seis pessoas foram detidas, no âmbito da Operação 'Nexus' da PJ do Porto, que visa o combate à corrupção, esta terça-feira. A Reitoria da Universidade do Porto e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foram alguns dos alvos das buscas que decorreram desde as 9h00 desta terça-feira. Foram ainda arrestados 4,6 milhões de euros.
As buscas foram feitas em instalações por todo o país, das quais se destacam a Brisa, Via Verde, Banco de Portugal, Unilever Porto e Coimbra, assim como a Faculdade de Lisboa, entre outros. Entre os detidos estão quatro funcionários da empresa DecUnify, um funcionário da Brisa e um especialista de informática da Universidade do Porto. Todos os arguidos do caso terão feito contratos com a empresa Unifay.
Em causa estão crimes de corrupção ativa e passiva, fraude na obtenção de subsídios, viciação das regras de contratação pública e milhões de euros desviados de fundos comunitários, nomeadamente do PRR, em contratos da área informática.
Foram efetuadas 103 buscas domiciliárias e não domiciliárias, por todo o País, em várias empresas privadas, principalmente de venda de sistemas informáticos, bem como instituições públicas e coletivas, como a Reitoria da Universidade do Porto, o INEM e uma agência de viagens.
A investigação teve origem na participação de irregularidades em vários procedimentos de aquisição de equipamento informático por parte da Universidade do Porto, no âmbito de projetos financiados pelo PRR, indica a PJ em comunicado. A autoridade focou-se também na atividade de um grupo empresarial de comercialização de hardware e software informático.
A operação confirmou a existência de um esquema criminoso organizado para obtenção ilegal de informação privilegiada relativa a procedimentos de contratação pública e privada. Segundo a PJ, vários funcionários receberam vantagens patrimoniais e não patrimoniais. A autoridade revelou ter havido adjudicações de, pelo menos, 20 milhões de euros.
No terreno estiveram 70 equipas da PJ com cerca de 300 inspetores. A operação foi também acompanhada pela Procuradoria Europeia, pelo DIAP do Porto, bem como pelo juiz Pedro Miguel Vieira, que liderou a investigação da Operação Pretoriano. A investigação contou ainda com o apoio de peritos informáticos e financeiros e seguranças das estruturas da PJ.
Os detidos vão ser presentes ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto esta quinta-feira para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.
INEM confirma buscas da PJ às instalações em Lisboa
Em comunicado remetido à Lusa, o INEM confirmou "a presença da Polícia Judiciária nas instalações do Instituto em Lisboa, no âmbito de um processo de investigação que envolve outras entidades".
"O INEM encontra-se, naturalmente, a colaborar com as Autoridades, disponibilizando toda a informação solicitada", conclui.
No terreno estiveram 70 equipas da PJ com cerca de 300 inspetores. A operação é acompanhada pela Procuradoria Europeia, bem como pelo juiz Pedro Miguel Vieira, que liderou a investigação da Operação Pretoriano. Há ainda vários procuradores do DIAP do Porto, do Ministério Público, a acompanhar a investigação.
U.Porto confirma buscas da PJ em processo no qual "estaria a ser vítima"
A Universidade do Porto (U.Porto) avançou, esta terça-feira, que a presença da Polícia Judiciária (PJ) nas suas instalações está relacionada com um processo de cartelização por aquisição de material informático, do qual esta instituição "estaria a ser vítima".
"A Universidade do Porto recebeu hoje [terça-feira] uma equipa de inspetores da Polícia Judiciária, a qual se encontra a recolher informação no âmbito da investigação de um processo de cartelização relacionado com a aquisição de material informático, do qual a U.Porto estaria a ser vítima", lê-se no comunicado enviado à agência Lusa.
A U.Porto acrescenta que "a referida investigação terá sido iniciada pela Procuradoria Europeia e envolverá a realização de buscas em todo o pais, junto de várias entidades públicas e privadas", e avança que, caso se justifique, se constituirá como assistente no processo.
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