O PS exigiu esta quinta-feira que o Governo atue junto das forças policiais para que haja consequências da agressão "racista" de que foi vítima uma jovem colombiana e que conclua "rapidamente" o diploma sobre segurança privada.
Esta posição foi transmitida aos jornalistas pelo líder parlamentar socialista, Carlos César, depois de Nicol Quinayas, de 21 anos, nascida na Colômbia, ter sido violentamente agredida e insultada, na madrugada de domingo, no Porto, por um segurança da empresa 2045 a exercer funções de fiscalização para a STCP (Serviço de Transportes Coletivos do Porto).
Falando no final da reunião da bancada do PS, Carlos César vincou que o seu partido "não está disponível para contemporizar com estas situações e para avaliá-las como simples episódios triviais, ou como desavenças na via pública".
BE questiona Governo
O Bloco de Esquerda questionou esta quinta-feira o Ministério da Administração Interna sobre medidas que pretende tomar face à agressão a uma luso-colombiana, na madrugada de domingo, no Porto, quanto à investigação do caso e à empresa do segurança envolvido.
"Que medidas pretende o Ministério da Administração Interna tomar ou exigir quanto à empresa 2045 que garante a segurança da STCP? Pondera o ministério, por exemplo, retirar a licença a esta empresa?", questiona o BE, que quer também garantias de que os agentes do PSP presentes no local da agressão "tudo fizeram para garantir que este crime é investigado sem que nenhuma prova se tenha perdido entretanto".
O grupo parlamentar bloquista, endereçou as perguntas ao ministério na sequência da agressão imputada ao segurança da empresa 2045, na noite de São João, no Porto, à jovem luso-colombiana, situação que descreveu como "um ato de violência gratuita, desproporcional, ilegítima e chocante".
Sobre a atuação do segurança de serviço no local como fiscal da STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto), o documento do BE cita relatos que dão conta de que "as agressões foram motivadas única e exclusivamente pelo racismo e xenofobia daquele funcionário".
O funcionário, ainda segundo relatos citados pelo BE, "insultou a jovem mais do que uma vez, referindo-se à mesma como 'preta de merda' ou tecendo comentários como 'gente como vocês, pretos, só arranjam problemas'".