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PSD preocupado com "alguma descoordenação" no combate às chamas

Nuno Serra não quis apontar responsabilidades, mas assegurou que viram muitas falhas de comunicação e alguma desorientação.

21 de junho de 2017 às 00:23

O deputado do PSD Nuno Serra afirmou esta terça-feira em Avelar, junto ao posto de comandoda Proteção Civil, que viu "alguma descoordenação e desorientação" no processo de combate às chamas no norte do distrito de Leiria.

"Apercebemo-nos do forte empenho de todas as forças da autoridade, forças policiais e bombeiros no terreno, apercebemo-nos da fantástica solidariedade de todos que querem ajudar, mas também vimos algo que nos preocupou: alguma descoordenação ou desorientação neste processo", disse o deputado Nuno Serra, que fez parte de um grupo de deputados social-democratas que esteve hoje a acompanhar a situação no norte do distrito de Leiria, afetado pelo incêndio que começou no sábado, em Pedrógão Grande.

Em declarações aos jornalistas, Nuno Serra não quis apontar responsabilidades, mas assegurou que os deputados do PSD viram "muitas falhas de comunicação e alguma desorientação" na zona do posto de comando.

"Basta ter estado aqui [no posto de comando, em Avelar] o dia e ver o conjunto de governantes que entravam a horas diferentes para 'briefings', que iam desorientando" as pessoas "que precisavam de estar a trabalhar", frisou.

O culminar, notou, foi "a queda do avião, que afinal já não era queda", tendo sido colocados "meios à procura do Canadair que caiu e que afinal não caiu".

"Parece-me que são tudo situações que se conseguem ultrapassar e é preciso cabeça fria para se ultrapassar. É preciso deixarem os homens que estão no terreno trabalharem, que eles sabem o que estão a fazer", vincou o deputado do PSD, defendendo que no terreno não devem existir "um conjunto de informações difusas que os possam perturbar" no trabalho de combate às chamas.

Nuno Serra sublinhou que "é o tempo de as autoridades trabalharem", sendo que o apuramento das responsabilidades surgirá num "tempo posterior", referindo que o PSD lá estará depois para participar na "averiguação das responsabilidades".

O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos, segundo um balanço divulgado esta terça-feira.

O fogo começou em Escalos Fundeiros e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.

Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.

Este incêndio já consumiu cerca de 26.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.

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