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Artigo exclusivo

PSP condenado a 12 anos de prisão por violar amiga menor da filha

Menina tinha 13 anos quando começou a ser abusada pelo arguido, que aproveitava o facto da jovem pernoitar em sua casa.

19 de julho de 2021 às 01:30

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Adolescente sofreu danos psicológicos profundos
Adolescente sofreu danos psicológicos profundos Getty Images
Condenado por 21 crimes
Condenado por 21 crimes
Chegou a comprar a pílula
Chegou a comprar a pílula iStockphoto
Agente da PSP foi condenado pelo Tribunal de Santarém
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No total, o Tribunal de Santarém condenou o arguido, de 50 anos, por 21 crimes de abuso sexual de criança e um de ato sexual com adolescente, pois a vítima já tinha completado 14 anos aquando da última relação, em dezembro de 2019.

Segundo o Acórdão, a que o CM teve acesso, os abusos sexuais começaram no verão de 2018, quando o homem começou a aproveitar-se da relação de amizade que a vítima tinha com a sua própria filha, que é três anos mais nova. O predador abordava sexualmente a menina sempre que esta pernoitava na sua casa, aproveitando as ausências da sua mulher e as distrações da filha.

Os abusos foram aumentado de gravidade com o passar do tempo. Começou com carícias impróprias e apalpões, mas rapidamente passou a manter com a vítima relações de cópula completa que duraram cerca de um ano e meio, e que ocorreram primeiro no quarto e na sala de estar da casa e depois no carro do agente da PSP, quando este começou a ir buscar a vítima à escola e a transportá-la para locais ermos e escondidos.

O caso foi descoberto por mero acidente, quando a menina quis enviar um vídeo dela própria a acariciar-se para o agente da PSP, mas enganou-se no número e acabou por o enviar para a sua mãe, que ficou chocada com o que viu e apresentou queixa-crime. A mulher é oriunda de um país do leste asiático, tal como a esposa do arguido, que eram bastante amigas até os abusos sexuais serem expostos e o predador ter sido detido e colocado em prisão preventiva.

PORMENORES

Esteve em Faro e Lisboa

Antes de chegar a Torres Novas, esteve 20 anos colocado em Faro e na PSP, em Lisboa.

Condenado a 136 anos

A soma das penas parcelares dos crimes a que foi condenado daria 136 anos de prisão.

Carro é agora do Estado

O carro, usado em várias situações de abusos, foi declarado perdido a favor do Estado.

Arrisca expulsão da PSP

Além deste processo crime, enfrenta ainda um processo disciplinar interno na PSP, que pode ditar a sua expulsão da polícia.

Vítima é seguida por psiquiatras

Atualmente, a menor sofre de crises de ansiedade, insegurança, angústia e sentimentos de culpa, segundo ficou provado em tribunal. É seguida por especialistas em psiquiatria infantil.

Menor passou a isolar-se da família e de amigos

Os atos do polícia causaram danos psicológicos profundos na menor, que à data era virgem. De uma menina que apresentava um comportamento normal, passou a ter atitudes ríspidas e ofensivas e a isolar-se da família e dos seus amigos da escola.

Convenceu vítima a manter silêncio

O agente é descrito como uma pessoa que se aproveitava do seu ascendente sobre a vítima para a convencer a não contar a ninguém. No início tentou passar a ideia à vítima de que era uma brincadeira.

Vinha acusado de 48 crimes sexuais

Inicialmente, o arguido estava acusado de 48 crimes de abuso sexual de criança. Acabou condenado apenas por 21, correspondentes às ocasiões que foram dadas como provadas em tribunal.

Mulher do polícia acreditou até ao fim

Mesmo depois do caso ter sido descoberto e de o polícia ter sido colocado em prisão preventiva, a sua esposa acreditou sempre que o arguido era inocente e que iria ser libertado em pouco tempo.

Era cuidadoso e meticuloso

O acórdão refere que o arguido era extremamente cuidadoso e meticuloso. Nas relações sexuais usava sempre proteção. Numa ocasião, o preservativo rompeu-se e o agente teve o cuidado de ir a uma farmácia comprar a pílula do dia seguinte para dar à menor.

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