"Aconselhamos sempre ao uso do capacete e ao cumprimento das regras estradais por todos", pode ler-se numa resposta da PSP à Lusa.
A PSP reconheceu esta segunda-feira que os utilizadores de modos suaves são "os mais vulneráveis" nas ruas, mas não esclareceu se são estes ou os automobilistas, cuja sinistralidade é superior, que devem ter mais cuidados, apontando preocupação "com todos".
"Aconselhamos sempre ao uso do capacete e ao cumprimento das regras estradais por todos, logo necessariamente também aos utilizadores destes meios mais suaves de mobilidade, mas que também são os mais vulneráveis num contexto urbano extremamente complexo e onde circulam no mesmo espaço desde velocípedes até veículos pesados", pode ler-se numa resposta da PSP à Lusa.
A Lusa tinha questionado a PSP na sequência da operação Mobilidade Ativa em Segurança, que arrancou na quarta-feira e termina na terça-feira (Dia Internacional da Bicicleta), visando "prevenir e dissuadir os comportamentos de risco dos utilizadores de velocípedes e de veículos equiparados que, de forma decisiva, contribuem para a ocorrência de acidentes rodoviários".
Porém, o número total de acidentes envolvendo trotinetes e velocípedes representou 3,6% do total dos registados pela PSP este ano, bem como 8,2% dos feridos graves, não tendo sido registadas quaisquer mortes pela PSP, ao contrário dos restantes com outros veículos motorizados.
Concretamente, foi perguntado à PSP por que motivo não apresenta os dados dos acidentes com modos suaves incluídos no total de sinistros registados ao longo do ano para melhor comparação, quantos dos acidentes com trotinetes e bicicletas também envolviam automóveis ou motociclos e ainda se tinha dados acerca da responsabilidade dos intervenientes nos acidentes envolvendo bicicletas e trotinetes.
A Lusa questionou ainda se, com operações direcionadas aos meios mais vulneráveis, com sinistralidade diametralmente oposta à dos automóveis, a PSP não temia estar a causar um estigma nos seus utilizadores, e se entendia ou não que têm de ser os utilizadores mais vulneráveis a ter mais cuidados que os automobilistas, cujas consequências dos seus acidentes podem ser mais gravosas, como mortes, como os números demonstram.
Questionou também se tem realizado ações direcionadas aos automobilistas para a existência de cada vez mais utilizadores de modos suaves.
"A PSP preocupa-se com todos os utilizadores da via pública -- sejam condutores, passageiros ou peões -- incentivando todos a adotarem comportamentos seguros", refere na resposta à Lusa fonte oficial da polícia.
A polícia aponta ainda que "tem desenvolvido ações de prevenção e sensibilização para todos os utilizadores da via pública, e necessariamente também ações de fiscalização para quem utiliza a via pública, qualquer que seja o meio de locomoção".
Nas suas respostas, focada nos utilizadores de meios suaves, a PSP refere que quanto aos seus condutores "tem desenvolvido prioritariamente ações no que concerne à sensibilização, pedagogia e prevenção".
A polícia diz ainda que "desencadeia periodicamente ações de sensibilização", incentivando precisamente "à utilização de meios mais suaves".
"Note-se por exemplo a recente aquisição de velocípedes com motor pela PSP -- cerca de 200 -- o que demonstra em primeira mão a importância e o exemplo para a utilização destes meios", aponta.
Hoje, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) revelou que mais de 57 mil acidentes rodoviários ocorreram nas estradas portuguesas nos primeiros cinco meses do ano, dos quais resultaram 157 mortos, menos 26 comparativamente ao mesmo período de 2024.
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