Vários agentes implicados em troca de títulos de transporte por dinheiro.
A Direção Nacional (DN) da PSP anunciou esta quinta-feira que vai investigar a alegada apropriação ilegítima de dinheiro proveniente de títulos de transporte atribuídos a polícias, ao abrigo do Estatuto de Pessoal da PSP.
O jornal Público notícia na sua edição desta quinta-feira um esquema fraudulento, em que agentes policiais trocam requisições de título de transporte por dinheiro, com a conivência e a participação, a troco de uma comissão, de funcionários das bilheteiras dos Transportes Sul do Tejo (TST).
"Considerando a credibilidade das fontes e nas breves diligências efetuadas, foi possível circunscrever geograficamente o eventual procedimento ilegal e referenciar o operador dos títulos de transporte. Os títulos de transportes atribuídos aos polícias só são conversíveis, pelos operadores, em carregamentos que viabilizam o acesso aos transportes públicos e não permitem a conversão em numerário", refere a DN da PSP, em comunicado.
O jornal explica como funciona o alegado esquema fraudulento: "O polícia aproxima-se das bilheteiras empunhando a requisição que lhe dá direito a carregar o passe para o autocarro sem pagar. Quando recebe os papéis, a funcionária do guichet é lesta a abrir a caixa e a tirar as notas, que lhe entrega de forma dissimulada, dentro de um folheto informativo. Não carregou o título de transporte: limitou-se a entregar-lhe 89 euros, menos 20 do que o valor do passe a que o agente tem direito. É a sua comissão".
PSP investiga junto da TST
Nesse sentido, a DN da PSP desencadeou procedimentos inspetivos junto da operadora para apurar eventuais situações que possam consubstanciar a atribuição de dinheiro pelos carregamentos de passes sociais.
"A averiguação visará apurar a eventual responsabilidade disciplinar e criminal dos intervenientes, as quais, a existirem, serão comunicadas às competentes entidades judiciais", assegura a Direção Nacional da PSP.
A PSP garante, ainda, que continuará a manter ativa a rede hierárquica que, ao abrigo do "Plano de prevenção de riscos de corrupção e infrações conexas" - que pode ser consultado na página oficial da PSP -, "monitorizará, sinalizará e abrirá os procedimentos inspetivos, disciplinares e criminais, sempre que se verifiquem indícios credíveis de ilegalidade praticados por polícias e profissionais com funções de apoio à atividade policial".
TST surpreendida com o caso
Contactada pela agência Lusa, a Transportes Sul do Tejo (TST) mostrou-se surpreendida com o caso, que se terá passado na bilheteira da empresa em Cacilhas, no concelho de Almada.
"A [empresa] TST informa que foi surpreendida com esta notícia e que está a desenvolver ações para apuramento dos factos, manifestando desde já a sua disponibilidade para colaborar com as instituições oficiais envolvidas", refere a empresa, numa resposta escrita.
A TST acrescenta que, "no curto prazo, está previsto concretizar-se o alargamento à PSP do novo procedimento de venda destes títulos de transporte através do Portal VIVA, na internet, deixando assim a sua venda de ser efetuada nos postos de venda da TST."
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