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Rede de mãe assassina em série detida em Portugal leva quatro pessoas a julgamento

Gisele Oliveira, detida pela PJ em agosto, está indiciada por sete homicídios (cinco deles consumados).

09 de dezembro de 2025 às 01:30

O Ministério Público (MP) de Timóteo, cidade do Estado brasileiro de Minas Gerais, pronunciou quatro pessoas para julgamento no processo de Gisele Oliveira, a mulher de 40 anos detida pela Polícia Judiciária, em Portugal, em agosto, por estar fugida à justiça brasileira por ter morto cinco filhos no período de 15 anos. A principal arguida está indiciada por sete homicídios dos próprios filhos, cinco deles consumados, mas também por abusos sexuais das suas irmãs. Outras quatro pessoas, incluindo a mãe de Gisele Oliveira, também vão a julgamento no mesmo processo.

Desde meados de outubro que Gisele Oliveira está de regresso ao Brasil. Agentes da Polícia Federal brasileira vieram a Portugal, mal a justiça do nosso País indeferiu todos os recursos da mulher, que se opôs à extradição. A arguida está, agora, em prisão preventiva numa cadeia feminina de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais. Após a chegada da mulher ao Brasil, o MP de Timóteo conseguiu terminar o despacho acusatório. E os contornos do mesmo são ainda mais graves do que inicialmente se pensava. Os crimes de Gisele Oliveira começaram quando ainda nem tinha sido mãe. As vítimas foram, segundo a procuradoria local, três das suas irmãs e uma menina de apenas 10 anos. Todas foram abusadas sexualmente. A partir do momento em que teve o primeiro filho, em 2008, Gisele Oliveira foi, silenciosamente, matando a descendência. Cinco filhos foram envenenados, enquanto dormiam, com substâncias como fenobarbital e clonazepam, e depois sufocados com almofadas. Todos morreram. Outros dois conseguiram sobreviver. A atividade criminosa terminou em 2023.

O MP de Timóteo encontrou provas que mostram que a mãe de Gisele colaborou com a filha. Aguarda julgamento em liberdade. Dois dos outros arguidos do processo estão em prisão preventiva. 

Ameaçou testemunhas a partir de Portugal

A acusação deduzida pelo Ministério Público (MP) de Timóteo, Brasil, reconstituiu a fuga de Gisele Oliveira do país de origem. A mulher de 40 anos chegou a Portugal em abril deste ano. Refugiou-se num anexo do Pombal, no distrito de Leiria, com Elias de Sousa, o atual companheiro, e um menino de 12 anos, filho de ambos. Pensou que neste local poderia fugir à justiça brasileira, que já a procurava. A procuradoria responsável pela acusação refere que a arguida, nas primeiras semanas da sua permanência em Portugal, ameaçou familiares e testemunhas no Brasil. Por isso foi emitido o mandado internacional de captura da mulher. 

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