A edição de hoje
O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa aplicou ontem ao advogado Romeu Francês a medida de coacção de apresentações semanais às autoridades, tendo considerado “desadequada e excessiva” a prisão preventiva pedida pelo Ministério Público.
O advogado de Romeu Francês, Fernando Arrobas da Silva, disse à saída do TIC de Lisboa que o seu constituinte – detido quarta-feira por crimes de burla – terá de apresentar-se às autoridades “todos os sábados”. O defensor de Romeu Francês disse ainda que as denúncias reportam-se a 2003 ou 2004, sem contudo precisar o ano, e acrescentou que a investigação vai continuar.
Trata-se de burla simples e de burla qualificada, dependendo do valor em causa. Romeu Francês saiu em liberdade às 14h30 do TIC de Lisboa, onde foi ouvido desde manhã por um juiz.
O advogado Arrobas da Silva tinha explicado quinta-feira que a detenção de Romeu Francês se deveu “a queixas de alguns clientes no âmbito da advocacia”.
Fonte policial tinha também adiantado que existem “mais de dez crimes” contra Romeu Francês, alegadamente relacionados com detidos a quem prometia a redução de penas a troco de dinheiro.
Entre os muitos casos que o tornaram conhecido, Romeu Francês foi advogado de Otelo Saraiva de Carvalho, no caso FP-25 de Abril, do ex-vice-reitor da Universidade Moderna Esmeraldo Azevedo e do subchefe da PSP, que foi segurança do ex-Presidente Jorge Sampaio e que foi condenado por tráfico.
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