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Sequestrada do assalto ao BES mantém acompanhamento psicológico

“A vida da Ana nunca mais foi a mesma desde que foi sequestrada. Nem sei como ela aguentou a pressão”, disse em tribunal uma amiga de Ana Antunes, naquela que foi a terceira sessão do julgamento do assalto ao BES de Campolide.

02 de junho de 2009 às 17:21

Hoje de manhã foram ouvidas oito testemunhas entre familiares das vítimas – a gerente Ana Antunes e o subgerente Vasco Mendes -, inspectores da Polícia Judiciária e as psicólogas e assistentes sociais a quem está entregue o apoio psicológico.

Perante os três juízes e os oito jurados (quatro suplentes), as testemunhas garantiram que o trauma não vai desaparecer jamais e que a vida de Ana Antunes e de Vasco Mendes é “claramente influenciada” pelos acontecimentos de Agosto do ano passado, quando Wellington Nazaré e Nilton Souza invadiram o banco e sequestraram durante oito horas os dois funcionários do Banco.

A maratona de terror só terminou quando os snippers do GOE dispararam e mataram Nilton. A psicóloga disse ainda que o acompanhamento psicológico que já dura há um ano não pode terminar. “É fundamental que os dois continuem a ser apoiados, pois foi um trauma que marcou e que marcará para sempre a vida destas pessoas. Durante os primeiros dias foi necessário dar-lhes comprimidos para dormir, uma vez que não conseguiam livrar-se do sofrimento que viveram naquele dia”, salientou a psicóloga.

No tribunal esteve Wellington Nazaré que passou a sessão a olhar para o chão. As alegações finais estão marcadas para meados deste mês.

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