Os portugueses presos na gruta Cueto-Coventosa, em Espanha, poderão sair ainda esta segunda-feira pelo próprio pé caso o nível da água baixe. Segundo o vice-presidente do Clube de Montanhismo Alto-Relevo de Valongo, João Moutinho, a travessia que o grupo fazia passava por entrar numa zona da gruta e sair por outra.
Este local por onde os portugueses iriam sair está alagado desde sábado, proibindo assim os mesmos de continuar o percurso.
Face às previsões de chuva para aquele local, que torna todo o salvamento mais difícil, o vice-presidente revelou que há um plano B. Este consiste em colocar um corrimão até à equipa para que saia sozinha ou que uma outra entre para os ajudar.
Há ainda outro plano. A equipa entrou por um sítio com uma cota superior e desceu até à gruta por cordas que tiveram de ser retiradas. O objetivo será entrar por esse mesmo sítio e manter centenas de metros de cordas, para que os espeleólogos possam sair. O único problema deste plano é que é muito demorado e pode não ser executado a tempo das águas voltarem a subir com a chuva.
João Moutinho refere que neste momento só é possível "especular" porque não há qualquer contacto com equipa. Os portugueses tinham um período de 30 horas para fazer a travessia. Como este espaço temporal para receber notícias dos mesmos se excedeu foi lançado o alerta.
Quando questionado sobre a alimentação, o vice-presidente refere que a equipa estará a fazer um racionamento da comida mas garante que tudo depende da "gestão que terão feito à alimentação".
"Acreditamos que estão numa zona seca e acreditamos que esteja tudo bem com eles", remata Hugo Moutinho.
A equipa que está presa na gruta foi escolhida para executar aquela travessia. São homens com idades entre os 35 e os 40 anos e mais de 10 anos de experiência.