Rede de tráfico era liderada por um homem de 39 anos, que estava preso e pela sua mulher.
Quatro reclusos, a mulher de um preso e o pai de outro vão ser julgados em Coimbra por um esquema de tráfico de droga dentro da prisão daquela cidade, com recurso a folhas de papel com estupefaciente que não era detetável.
Os seis arguidos, quatro a cumprir pena de prisão efetiva por crimes diversos, vão começar a ser julgados pelo Tribunal de Coimbra na segunda-feira, às 09:15, todos acusados de um crime de tráfico de droga.
Segundo a acusação a que a agência Lusa teve acesso, a rede de tráfico para dentro do Estabelecimento Prisional (EP) de Coimbra era liderada por um homem de 39 anos, que estava preso desde 2021 a cumprir uma pena de oito anos por contrafação de moeda, e a sua mulher, de 43 anos, que estava em liberdade e que passou a residir na cidade a partir de 2022.
O casal terá elaborado um plano, entre novembro de 2022 e abril de 2024, para introduzir, no EP de Coimbra, MDMB, um canabinoide sintético que é impregnado em folhas de papel A4, que seria depois vendido aos reclusos, acusou o Ministério Público (MP).
Esta droga é "facilmente dissimulada, dificultando o controlo da sua introdução em ambiente prisional", revelando-se ainda "indetetável por teste rápido e nos testes de urina a reclusos", notou o MP, na acusação.
Segundo o despacho consultado pela Lusa, dentro da prisão, cada folha era dividida em 32 partes iguais e era depois vendida a 100 euros cada ou então dividida em parcelas menores, vendidas a cinco ou dez euros, que depois eram fumadas.
A mulher do arguido era alegadamente responsável por contactar pessoas no Reino Unido para encomendar as folhas de papel e depois assegurava a sua entrada no EP de Coimbra, por via de outros presos (através de correio ou saídas precárias) ou por via de familiares, nas visitas à cadeia.
Dentro da prisão, o arguido ficaria responsável por vender as folhas a outros reclusos, para consumo ou revenda.
Os restantes três presos presentes no processo (condenados por tráfico e furtos) terão colaborado na introdução da droga no EP de Coimbra, recebendo encomendas ou acordado entregas em visitas.
O pai de um dos reclusos, também arguido no processo, é acusado de entregar duas folhas durante uma visita, já outro recluso terá recebido folhas impregnadas com canabinoide por via da mãe, numa carta de amor simulada pela mulher do principal arguido do processo.
Segundo o Ministério Público, o principal arguido também terá conseguido introduzir MDMA e cocaína na prisão, angariando reclusos para o efeito.
O MP pede que os quatro reclusos sejam julgados com a agravante de reincidência.
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