Grupo é constituído por 11 pessoas.
Um grupo de 11 pessoas, entre os 37 e 65 anos, começou esta terça-feira a ser julgado no Tribunal São João Novo, no Porto, por burlar um banco e dezenas de empresas de norte a sul do país.
Dos 11 arguidos, acusados pelos crimes de associação criminosa, burla qualificada e falsificação de documentos, apenas oito compareceram esta terça-feira em audiência de julgamento, dado um estar em sítio incerto e outros dois presos no Estabelecimento Prisional (EP) de Lisboa e da Carregueira, à margem de outros processos.
Segundo a acusação, a que a Lusa teve acesso, em 2009, os arguidos, residentes em diferentes zonas do país, formaram um grupo "organizado e estável" com divisão de tarefas e fizeram-se passar por gerentes e sócios de uma empresa de distribuição de bens alimentares para, através desta, encomendar mercadorias a outras firmas que faziam crer que seriam para cabazes de Natal, destinados a clientes na área da saúde.
Os arguidos, que nunca pagaram as mercadorias encomendadas, vendiam os produtos, sempre a dinheiro, que depois era dividido entre todos, lucrando cerca de 250 mil euros.
Suspeitos conheciam-se entre si
Os suspeitos já se conheciam entre si por, anteriormente, já terem cometido outros crimes, salientou a acusação.
Hoje, apenas três dos oito arguidos quiseram prestar declarações para explicar a sua versão dos factos, negando as acusações.
A acusação realçou ainda que os arguidos usaram a identidade de um outro arguido, toxicodependente, que aceitou emprestar a sua identidade a troco de dinheiro, tal como havia feito em situações anteriores, para o colocar à frente da empresa.
E acrescentou: "pretendiam usar essa falsa identidade na abertura de contas bancárias e, na sequência da abertura, enganar o gerente e os funcionários da instituição bancária de forma a conseguir que a instituição bancária lhes entregasse dinheiro por todas as formas que conseguissem, fazendo crer ao banco que estavam a celebrar com ele contratos bancários".
Crédito de 50 mil euros nunca foi pago
Assim, os alegados burlões conseguiram obter de um banco do Porto um crédito de 50 mil euros que nunca foi pago e o pagamento de quatro letras de câmbio falsificadas de um total de 61.150 euros.
Para dar "fiabilidade e uma aparência real" à empresa, os arguidos arrendaram escritórios e armazéns em Barcelos e Esposende, distrito de Braga, e abriram três contas bancárias de depósitos à ordem.
"Os arguidos tinham também a intenção de usar cheques dessas contas bancárias, emitindo cheques sem provisão, sabendo que tais cheques nunca obteriam cobrança nem sequer por via judicial pois estavam associados a uma conta bancária falsificada nos elementos de identificação do seu titular e movimentador", lê-se na acusação.
Em fevereiro de 2010, os arguidos desfizeram o grupo devido a desentendimentos entre os seus membros, adiantou.
Mas, enquanto este "esquema" funcionou, os suspeitos não exerceram qualquer atividade profissional remunerada porque viviam "exclusivamente" dos proventos desta atividade "ilícita", frisou.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.