Torneio para ajudar militar condenado

Estamos a organizar o maior evento solidário de futsal do País para ajudar um militar [da GNR] que está a passar por uma situação injusta", revelou ao CM Bruno Brini, das Forças de Segurança Unidas, que vão promover, em janeiro, um torneio de apoio a Hugo Ernano. O militar viu o Supremo confirmar a pena suspensa de quatro anos de prisão pela morte de um jovem de 13 anos durante uma perseguição. Terá ainda de pagar 55 mil euros à família da vítima, levada para um assalto pelo pai.

Na iniciativa, que vai decorrer em data a anunciar, são esperadas cerca de 20 equipas de todo o País, apenas com militares da GNR e agentes da PSP. "Vamos tentar trazer também uma equipa da polícia espanhola que habitualmente participa nos eventos solidários que organizamos", diz Bruno Brini. O valor das inscrições dos participantes reverterá para Hugo Ernano.

GNR suspenso por oito meses

Nas redes sociais, multiplicam-se as ações de solidariedade em torno do militar. Alexandre Nazário, jovem de 15 anos que sofre de atrofia muscular espinhal, divulgou na internet um vídeo de apoio a Hugo Ernano. "Foste uma das pessoas que marcaram, até agora, a minha vida. Ensinaste-me que ainda há boas pessoas no Mundo e agora é a minha vez de te ajudar", refere o estudante. O elemento do Grupo de Intervenção de Ordem Pública da GNR promoveu em setembro um banho público de apoio ao jovem da Maia.

O caso que originou a condenação remonta a 2008. Paulo Lourenço, 13 anos, seguia num carro furtado com o pai. Preparavam um assalto a uma vacaria, em Santo Antão do Tojal, Loures. O militar da GNR tentou travar o roubo e disparou.

O tiro foi fatal para o adolescente. No acórdão do Supremo, é admitida parte da culpa de Sandro Lourenço na morte do filho por levá-lo para o assalto.