Lisboa também tem a sua Torre de Pisa. O Torreão Poente do Terreiro do Paço regista uma inclinação de cerca de 20 centímetros na direcção Norte/Sul,precisou ontem o engenheiro António Segadães Tavares que este ano recebeu o Prémio Internacional de Engenharia de Estruturas pela construção do Aeroporto de Santa Catarina, na Ilha da Madeira, galardão considerado como o Nobel de engenharia.
Ao contrário da famosa torre italiana o torreão nacional é muito mais discreto na sua inclinação. Só depois de efectuada uma observação cuidada é que se pode admitir como possível a existência da deslocação.
"A inclinação verifica-se em direcção ao Rio Tejo", precisou o engenheiro membro do grupo de acompanhamento das obras de reabilitação do Túnel do Rossio. Segadães Tavares aponta como causa para a inclinação do edifício, erguido no século XVIII, o facto de "este acentar em terrenos instáveis".
O engenheiro recomenda como melhor posição para verificar a deslocação, a escolha de um local próximo à estátua do rei D. José, existente no centro da Praça do Comércio. "A partir desse local deve olhar em direcção ao Rio Tejo para observar o deslocamento de 20 centímetros do topo do edifício em relação à base".
A Baixa Pombalina é uma das zonas de maior risco em caso de ocorrência de actividade sísmica na capital. No entanto Segadães Tavares revela não poder afirmar que o Torreão Poente - erguido depois do terramoto de 1755 - seja um exemplo de edifícios em risco de destruição perante um sismo.
Bairro Alto, Alfama, Mouraria, Marvila e o Lumiar são outros locais de Lisboa perigosos perante um sismo. Na Grande Lisboa, existe uma falha activa na margem norte do Tejo, desde a Azambuja até Oeiras. Uma outra falha activa corta o concelho de Sintra ao meio na zona do Cacém. Em Torres Vedras, uma terceira falha corta este concelho sensivelmente a meio, no sentido Leste/Oeste. A área metropolitana só deverá, no entanto, obter um plano para riscos sísmicos, dentro de três anos, referiu o presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, general Paiva Monteiro, no seminário sobre o tema que ontem terminou em Oeiras.
"EDIFÍCIO NÃO ESTÁ EM PERIGO"
O Torreão Poente no Terreiro do Paço apresenta uma inclinação de 20 centímetros, mas Segadães Tavares afasta a hipótese do edifício estar em risco de ruir. O engenheiro disse ainda que não se coloca a questão da existência de perigo. "A inclinação é perfeitamente conhecida e foram tomadas precauções aquando da construção do túnel do Metro" de Lisboa, que dará acesso à futura estação do Terreiro do Paço, sustentou o engenheiro.
O edifício pombalino conta com um trabalho de monitorização permanente e a prova disso é o facto de nas quatro fachadas do edifício existirem várias inscrições resultantes da observação do edifício. Réguas milimétricas de metal estão colocadas, por exemplo, em cada uma das pontas das paredes do edifício. "Há um trabalho permanente de observação", disse Segadães Tavares, precisando que não integra essa equipa.
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