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Três mortos dos fogos de outubro não foram contabilizados

Familiares exigem que óbitos constem da lista oficial de vítimas mortais.

24 de novembro de 2017 às 11:04

Os fogos que devastaram o país nos passados dias 15 e 16 de outubro deste ano provocaram dezenas de vítimas. Da lista oficial de mortos divulgada pelo Governo, constam apenas 45 nomes, no entanto, o número pode aumentar para 48.

De acordo com a imprensa nacional, há quem garanta ter perdido familiares na sequência dos incêndios e exige que os seus óbitos sejam contabilizados pelo Executivo português.

Joaquim Costa, de 60 anos, sofreu um ataque cardíaco fatal quando se protegia das chamas num largo da aldeia em Tondela, distrito de Viseu. "Morreu por causa do incêndio e da aflição", reivindica Célia Costa, a viúva do homem que acabou por morrer no Hospital de Viseu.

As más comunicações dificultaram a chegada do socorro, que chegou algumas horas depois ao local. Célia exige que a morte do marido seja contabilizada na lista oficial do Governo e que seja indemnizada devidamente. "Não há dinheiro que traga o meu marido de volta, mas, neste momento, estou a viver graças à ajuda dos meus filhos, preciso de ajuda", disse em declarações à imprensa nacional.

Também Aristides Rocha, um idoso de 94 anos, perdeu a vida durante a tragédia dos fogos de outubro, em Oliveira de Frades. O homem sofreu um AVC enquanto o filho, Paulo Rocha, lutava para combater as chamas que rodeavam a casa.

A família já denunciou a omissão do nome ao Ministério Público e garantem que o pai se sentiu mal devido à situação do fogo, o que o torna uma vítima indireta dos incêndios. "Estamos a agir em nome da memória do nosso pai. Se isto não tivesse acontecido, ainda o teríamos connosco", realçou o filho a um jornal português.

O último caso é o de Maria Oliveira, de 85 anos, que terá morrido de uma queda, no momento em que se presume, estaria a procurar um refúgio do fogo. Vítor Cordeiro, presidente da União das Freguesias de São Pedro de Alva e São Paio do Mondego, reclama justiça para aquela que diz ser a quinta vítima dos fogos no município.

Omissões serão resolvidas em tribunal:

Confrontado com os casos omissos, o Ministério Público prometeu analisar cada um deles, no entanto, admitiu que os mesmos terão de ser resolvidos pela via judicial, adianta a imprensa nacional.

Caso se confirme a ligação destas mortes aos incêndios de outubro, o número oficial de vítimas mortais irá subir para 48. De realçar que a listagem final pode não ficar por aqui, uma vez que ainda há duas pessoas desaparecidas desde a tragédia que já aconteceu há cerca de um mês e meio.

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