Sandro de Oliveira Martins foi nomeado para administrador de insolvência e fixado em 30 dias o prazo para a reclamação de créditos.
A Associação Comercial do Distrito de Évora (ACDE), com quase 135 anos de existência, foi declarada insolvente pelo tribunal, depois de ter avançado com este pedido na justiça por dificuldades financeiras, foi, esta terça-feira, anunciado.
Consultado pela agência Lusa no portal de justiça Citius, o edital da insolvência indica que o Tribunal Judicial da Comarca de Évora declarou a ACDE insolvente na passada sexta-feira.
Segundo o edital, datado de segunda-feira, foi nomeado Sandro de Oliveira Martins para administrador de insolvência e fixado em 30 dias o prazo para a reclamação de créditos.
No pedido de insolvência, também consultado pela Lusa no portal Citius, foram identificados como credores dois bancos, uma antiga funcionária, o Instituto da Segurança Social e a Agência para o Desenvolvimento e Coesão.
Contactada, esta terça-feira, pela Lusa, Sandra Dourado, que preside à comissão administrativa da ACDE, criada após a demissão da última direção eleita no início deste ano, indicou que o pedido de insolvência resulta de dificuldades financeiras da associação.
"Sabendo o histórico da ACDE, que as receitas não eram suficientes face às despesas, e não havendo projetos e associados [suficientes] para pagarem contas, foi decidido em assembleia-geral pedir a insolvência", referiu.
Para este desfecho, destacou a responsável, contribuiu ainda a pandemia de covid-19, que dificultou a participação de empresas em projetos da ACDE, o que obrigou a associação a devolver verbas de apoios concedidos.
Segundo Sandra Dourado, entre as dívidas da associação, aquela que tem o valor mais alto, na ordem dos 500 mil euros, tem como credor o banco Millennium BCP.
"Durante quase ano e meio, tentámos vender o prédio [da sede da ACDE] e não apareceu nenhum comprador. Se o tivéssemos conseguido vender, a receita dava para pagar ao Millennium BCP e a outros fornecedores", o que permitiria à associação "continuar viável", lamentou.
Localizado em plena Praça do Giraldo, considerada a 'sala de visitas' de Évora, o edifício da sede da ACDE está ainda à venda por 1,3 milhões de euros.
Questionada pela Lusa sobre se ainda acredita na recuperação da ACDE, a presidente da comissão administrativa da associação foi perentória: "Não, é o fim da associação comercial", vincou.
"O comércio está muito diferente, temos lojas de grandes marcas que não precisam de uma associação para nada e o comércio tradicional está muito envelhecido e não há lojas novas a abrirem que necessitem de uma associação", considerou.
Além disso, acrescentou Sandra Dourado, "há outras associações no distrito que oferecem serviços" como os que a ACDE oferecia.
Fundada no dia 20 de julho de 1890, ou seja, há quase 135 anos, a ACDE, que, nos primeiros anos, teve outras designações, chegou a ter cerca de mil associados no distrito de Évora, distribuídos pelos setores do comércio, turismo e serviços.
Em 2001, por despacho, foi declarada Instituição de Utilidade Pública, devido ao mérito da ação desenvolvida no setor comercial da região, defendendo os direitos e interesses dos comerciantes do distrito.
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