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Soares sofre no último adeus a Maria Barroso

Cardeal-patriarca chamou-lhe 'advogada dos pobres'.

09 de julho de 2015 às 09:14

"Sei que me ouves agora, uma vez mais, apesar da distância e do silêncio, o amor opera esse milagre." Foi com um poema de amor, escrito a 22 de fevereiro de 1962, quando detido em Aljube (Lisboa), que Mário Soares prestou o último adeus à mulher, Maria Barroso. As palavras foram lidas pelo filho, João Soares, na igreja do Campo Grande, em Lisboa, na missa de corpo presente.

Maria Barroso velada no Colégio Moderno

Um último adeus à eterna primeira-dama marcado pela dor e emoção das muitas figuras que assistiram à cerimónia religiosa – personalidades de todos os quadrantes da vida política e social.

Amparado pelos seus familiares, Mário Soares era o espelho do sofrimento, visivelmente abatido com a partida da mulher com quem partilhou a vida durante 66 anos (desde 1949).

A missa que antecedeu o funeral, no cemitério dos Prazeres, foi presidida por D. Manuel Clemente. Na sua homilia, o cardeal-patriarca referiu-se a Maria Barroso como "advogada dos pobres".

"Teve uma luta constante pela dignidade em relação aos mais esquecidos e injustiçados", disse D. Manuel Clemente, acrescentando: "Parabéns, doutora Maria de Jesus Barroso. Muito obrigado pela sua vida."

Um agradecimento partilhado por centenas de cidadãos anónimos, que marcaram presença no funeral da ex-primeira-dama.

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