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Viagem de 600 km para ir ao hospital

Falta de especialistas no Algarve obriga a deslocações.

13 de abril de 2016 às 09:39

Todas as segundas e sextas-feiras, os feridos de acidentes de viação, quedas ou lesões desportivas são desviados dos hospitais de Faro e Portimão para Lisboa. Razão: não há ortopedistas nas escalas de serviço das Urgências.Esta semana, ao que o CM apurou, pelo menos dois doentes com traumatismos foram obrigados a fazer 600 km (ida e volta do Algarve a Lisboa) só para serem vistos por um especialista.

Os últimos casos aconteceram na segunda-feira. Um jovem sofreu vários traumatismos na sequência de um acidente de viação, em Castro Marim. Foi transportado pelos bombeiros para o Serviço de Urgência Básica de Vila Real de Santo António e encaminhado de helicóptero para o Hospital de São José.

No mesmo dia, na zona de Portimão, um homem sofreu uma queda em casa e teve de ser transferido de ambulância para o Hospital de Santa Maria. "É inaceitável que não existam ortopedistas no Algarve", lamentou ao CM Joaquim Santos, filho da vítima.

As transferências ocorreram no âmbito de um protocolo entre o Centro Hospitalar do Algarve (CHA) e os centros hospitalares de Lisboa, para colmatar a falta de médicos. O CM questionou o CHA, que remeteu uma resposta para os próximos dias.

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