Rosário confessou ter sido agredida pelo filho e temeu que este se tornasse agressivo com o pai e irmã.
'Ele pode matar-vos': mãe do suspeito de matar pai e irmã grávida tinha alertado a família
"O meu filho foi para casa do pai em Santa Cruz aos 19 anos para começar a trabalhar. (...) A partir daí o pai deu-lhe muita liberdade. O meu filho, quando saiu de minha casa não bebia, não fumava, havia regras", começou por dizer Rosário Silva que falou esta segunda-feira em exclusivo ao Correio da Manhã.A mãe de Xavier e Sílvia recordou que o filho nem sempre foi "assim", justificando que o término de um namoro terá estado na origem do início de consumo de drogas pesadas. "Não era um rapaz de drogas duras, de ir por maus caminhos. Era um rapaz alegre", continuou, dizendo também que ver sangue era algo que fazia muita impressão a Xavier.
"Ele não conseguia ver sangue, tinha horror de sangue", defendeu a progenitora, apesar da situação macabra em que foram encontrados os cadáveres do ex-companheiro, José Damião, e da filha, Sílvia.
Com o fim do namoro, há cerca de dois anos, Rosário diz que o filho a procurou. "Ele foi-me pedir ajuda antes de ser internado no Hospital Júlio de Matos, já não conseguia dormir. (...) Levei-o a um médio em Santa Cruz, onde ele explicou tudo o que consumia. A partir daí começou a ter distúrbios psicológicos profundos", continuou, afirmando que nesse momento, em conjunto com o o ex-companheiro, se uniram para ajudar o filho. "Foi internado. Pedimos para ser feita uma desintoxicação profunda, mas veio para casa", afirmou.
"Eu avisei o pai (José Damião) muitas vezes. Eu trabalho na saúde, tenho lidado muitas vezes com muitos casos de esquizofrenia. Por favor tenham atenção, ele pode matar-vos", alertou Rosário, ao sentir que o filho estava a perder o controlo das suas ações. "Não sei se foi ele, se foi outra pessoa com ele". A mãe de Xavier e Sílvia disse ao CM que chegou mesmo a apelar à filha que fosse para sua casa, mas que esta lhe respondeu que se o irmão atacasse o pai, ela [Sílvia] estaria lá para o defender.
"Quando esteve em minha casa disse-lhe que não entravam drogas. Nessa altura chamou-me nomes e bateu-me", recordou e, emocionada, afirmou que acabou por perder não um, mas os dois filhos. "Ele vai ser um desgraçado toda a vida. É meu filho, tenho pena dele. A minha querida filha nunca mais a vejo, ela estava grávida. (...)Eu não sei, ele era um menino bonito, não há explicação, ele estava doente. (...) Peço respeito pela morte do pai dos meus filhos, pela morte da minha filha e, não morreu fisicamente o meu filho, mas não sei o que irá acontecer", rematou.
Recorde-se que Xavier Damião, de 28 anos, é suspeito de ter matado o pai, de 61 anos, e a irmão grávida, de 37 anos, na casa da família em Santa Cruz, Torres Vedras. Foi apanhado esta segunda-feira de madrugada, pela PSP, na Amadora, escondido no carro da irmã e entregue à Polícia Judiciária.
Na origem do crime estará a recusa de José Damião em dar dinheiro ao filho para drogas. O suspeito estava dependente de drogas e sofria com uma depressão.
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