Fogos queimaram cerca de 20% da área do concelho e a estimativa de prejuízos ronda os quatro milhões de euros.
A presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar disse esta segunda-feira que entregou um relatório ao secretário de Estado da Proteção Civil sobre os incêndios e as fragilidades no combate, esperando uma tomada de posição pelo Governo.
Ana Rita Dias, que falava à agência Lusa à margem da inauguração do centro municipal de Proteção Civil, que contou com a presença do presidente da Assembleia da República, especificou que o relatório contém toda a "fita do tempo" do que aconteceu, principalmente a 16 de setembro, dia em que o concelho foi atingido por quatro grandes incêndios, em horas e locais distintos.
No documento são apontadas as "várias fragilidades" que aconteceram no terreno, sendo que uma das situações destacadas foi a retirada do terreno de uma equipa de bombeiros do teatro de operações quando estavam a acontecer novos incêndios, que terá sido desmobilizada para a base, em Vila Real.
"Fui entregar esse relatório para que possam analisar também e, se entenderem, e a meu deverá ter de ser tomada alguma posição, tomarem as diligências necessárias para apurar os factos do que aconteceu, principalmente quando tínhamos uma equipa no terreno e essa equipa foi chamada para base pelo comando regional [da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil]", afirmou a autarca.
Logo em setembro, no rescaldo dos incêndios, a autarca reclamou esclarecimentos e um apuramento de responsabilidades por considerar que houve omissão de auxílio e desvio de meios durante o combate aos fogos.
Na altura, as principais críticas estavam relacionadas com a falta de meios que foram disponibilizados para ajudar no combate aos vários incêndios e ainda com a retirada de operacionais que já estavam no terreno, mas cuja permanência não foi autorizada depois de já terem ajudado a combater um fogo que ameaçava casas.
Em Vila Pouca de Aguiar deflagraram quatro grandes incêndios, em pontos distintos do concelho, que queimaram cerca de 10 mil hectares, principalmente de pinhal, mas também culturas agrícolas (soutos, avelaneiras, vinhas e olivais), três armazéns agrícolas, um armazém industrial, depósitos de água e uma casa de primeira habitação, deixando um homem de 52 anos desalojado.
Os fogos queimaram cerca de 20% da área do concelho e a estimativa de prejuízos ronda os quatro milhões de euros.
José Pedro Aguiar-Branco deu hoje início, em Vila Pouca de Aguiar, à iniciativa "Parlamento próximo dos municípios", precisamente com a inauguração do centro municipal de Proteção Civil.
Ana Rita Dias realçou que o investimento de cerca de meio milhão de euros permitiu recuperar o antigo quartel dos bombeiros de Vila Pouca de Aguiar e, ao mesmo tempo, criar um espaço que vai ajudar a "transmitir ainda mais segurança às pessoas".
"Criámos novas instalações, equipamento disponível para as várias situações de emergência que temos e temos um comando de operações para situações de emergência e de urgência, de forma a estarmos mais próximos e mais rápidos para a população", frisou.
A iniciativa "Parlamento próximo dos municípios" visa aumentar a interação e a cooperação entre este órgão de soberania e o território nacional.
Na visita desta segunda-feira a Vila Pouca de Aguiar, Murça e Vila Real, José Pedro Aguiar-Branco está acompanhado pelos cinco deputados eleitos por este círculo eleitoral: Amílcar Almeida (PSD), António Alberto Machado (PSD), Carlos Silva (PS), Fátima Correia Pinto (PS) e Manuela Tender (Chega).
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