A edição de hoje
Ataque provocou um incêndio e um rombo no casco do navio.
O Hamas acusou esta sexta-feira Israel de pirataria e terrorismo de Estado pelo ataque com um drone contra o navio da "Flotilha para a Liberdade" ocorrido em águas internacionais no Mediterrâneo perto de Malta.
A "Coligação Internacional da Flotilha para a Liberdade" afirmou que o seu navio "Conscience" foi atingido às 00h23 da hora local, desta sexta-feira e emitiu um sinal de SOS após ocorrer o ataque, avança a BBC News.
O navio "Conscience" tentava transportar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e a tripulação afirmou que o ataque provocou um incêndio e um rombo no casco do navio.
O governo de Malta disse que todas as pessoas que estavam a bordo do navio foram dadas como seguras e que o incêndio foi controlado durante a noite.
A ONG apelou à convocação dos embaixadores israelitas para responderem por “violação do direito internacional, incluindo o bloqueio em curso e o bombardeamento do nosso navio civil”.
O governo de Malta disse que 12 tripulantes e quatro ativistas estavam a bordo do navio, no entanto a ONG afirmou que se tratava de 30 ativistas a bordo.
O fogo foi extinto às 01h28 da hora local, e por volta das 02h13 foi confirmada a segurança de toda a tripulação, confirmou o governo de Malta.
"O ataque do Exército de ocupação israelita ao navio 'Conscience' em águas internacionais é um crime de pirataria e terrorismo de Estado", acusou o Hamas em comunicado.
Por outro lado, o Hamas, que controla Gaza, agradeceu "os esforços" da tripulação do navio e dos "ativistas de todo o mundo" que tentaram quebrar o cerco a Gaza.
O grupo armado Jihad Islâmica, aliado do Hamas, juntou-se à mesma condenação, afirmando que o incidente é um insulto aos valores humanos e morais acusando Israel de usar a fome como arma de guerra.
Anteriormente, a organização "Coligação Internacional da Flotilha para a Liberdade" denunciou que um dos navios do grupo tinha sido atacado por aparelhos aéreos não tripulados (drones) quando navegava em águas internacionais ao largo da costa de Malta.
Israel não se pronunciou sobre o ataque, até ao momento. No entanto, as forças armadas israelitas estão a investigar os relatos do ataque.
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