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Hospital Curry Cabral investigou internamente morte de jovem de 25 anos. IGAS considera que houve negligência médica

Débora Peralta morreu em julho de 2023 e deixou dois filhos menores.

19 de fevereiro de 2025 às 16:10
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Hospital Curry Cabral investigou internamente morte de jovem de 25 anos. IGAS considera que houve negligência médica

Os médicos que assistiram clinicamente uma jovem de 25 anos, que morreu no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, foram alvo de um processo interno. Por haver suspeitas de negligência médica, esse processo passou entretanto para a alçada da Inspeção Geral das Atividades em Saúde (IGAS).

O Hospital Curry Cabral, onde Débora Peralta morreu em julho de 2023, confirma ao Correio da Manhã a existência de uma investigação interna aberta após a morte da jovem. A Unidade Local de Saúde de São José, à qual pertence o hospital onde a vítima morreu, refere em resposta ao CM que "o processo de inquérito foi instaurado pelo Conselho de Administração logo após a ocorrência".

A confirmação ao CM por parte da unidade de saúde acontece depois da Inspeção Geral das Atividades em Saúde considerar que houve falhas, e até negligência, nos cuidados de saúde prestados à jovem. Ainda assim, e confrontado pelo Correio da Manhã com os dados que constam no relatório da IGAS, o hospital refere que "até à presente data não recebeu qualquer notificação relativa à conclusão do processo de inquérito referido."

Débora Peralta morreu em julho de 2023 e, quase 2 anos depois, a investigação da IGAS conclui que a conduta de vários médicos não foi a adequada. 

Débora Peralta, que deixou dois filhos menores, morreu após uma perfuração no intestino no decurso de um exame que visava as pedras na vesícula.

A advogada que representa a família de Débora acredita que a investigação do serviço do Estado, integrado no Ministério da Saúde, vem dar força à tese de negligência apresentada pela família. Ao Correio da Manhã (CM), Ana Rita Cruz sublinha que aguarda com expectativa que os recentes desenvolvimentos "se traduzam em breve num despacho de acusação". 

O CM sabe que a investigação visa 7 médicos. Para 5, a Inspeção Geral das Atividades em Saúde requer a abertura de processos disciplinares. Aos outros 2 clínicos, a IGAS sugere que seja o hospital a decidir se são ou não levantados processos disciplinares pela conduta adotada.

O processo judicial está nesta altura em sede de inquérito junto do DIAP de Lisboa. O relatório foi junto ao processo pela defesa da família que considera que as conclusões da investigação dão força à tese de negligência.

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