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PCP aponta Governo sem ação perante escândalo de lucros obscenos com inflação

Críticas feitas por Jerónimo de Sousa, em conferência de imprensa, no final da reunião do Comité Central do partido.

18 de setembro de 2022 às 19:21

O secretário-geral do PCP acusou este domingo o Governo de estar sem ação perante "o escândalo" de grupos económicos alcançarem "lucros obscenos" na atual conjuntura e de falar da inflação como "castigo divino" contra salários e pensões.

Estas críticas foram feitas por Jerónimo de Sousa em conferência de imprensa, no final da reunião do Comité Central do PCP, após ser confrontado com a posição do primeiro-ministro, António Costa, em matéria de tributação de lucros excessivos por parte de empresas do setor de energia na atual conjuntura de aumento da inflação

"Não sei o que pensa o primeiro-ministro, mas estamos de facto perante uma situação inaceitável", respondeu o secretário-geral do PCP.

Para o líder do PCP, nesta conjuntura em que se "começam a sentir-se as consequências de uma vida cara, com um aumento do custo de vida a diversos níveis", o executivo do PS prefere apelar "ao sacrifício dos trabalhadores e dos reformados, falando-se da inflação como um castigo divino".

"E quem tem de pagar a inflação são os salários, as reformas e as pensões", completou.

Jerónimo de Sousa referiu-se em seguida "ao drama de muitas pequenas e médias empresas, que estão numa situação de aflição em termos de tesouraria e contabilidade, em termos de desenvolvimento da sua própria produção".

"Perante isto, o que cada português pensará deste escândalo? Quando se começam a verificar fraturas sociais, tendo em conta o aumento do custo de vida, não há uma palavra em relação a estes lucros obscenos num quadro de grandes dificuldades", criticou.

O secretário-geral do PCP defendeu que "parte substancial desses lucros inesperados, fabulosos, deverá servir para investir no aumento da produção nacional e para ter em conta preocupações sociais".

"O PCP não defende um número rigoroso, inflexível [de aplicação de taxa], mas consideramos que o Governo deveria tomar a iniciativa, tendo em conta que não há nenhum argumento económico ou de outra ordem que justifique esta situação de escândalo e de privilégio por parte de uns quantos grupos económicos que estão a arrecadar milhões e milhões de euros de lucro", acrescentou.

 

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