Setúbal: famílias exigem justiça após explosão

Prédio que explodiu afetou moradores, vizinhos e lojistas.

02 de setembro de 2015 às 22:30
01-09-2015_21_36_29 20 predio explodiu.jpg Foto: David Martins
Partilhar

Passaram quase oito anos, mas o som da explosão de gás ainda é recordado por muitos dos moradores e comerciantes da praceta Afonso Paiva como se se tratasse de uma bomba a cair. Eram 18h45 de 22 de novembro de 2007. Mais de 80 lesados, entre moradores do prédio número 13, vizinhos, lojistas, seguradoras, hospitais e Estado – exigem quatro milhões de euros de indemnizações. A leitura da sentença está marcada para amanhã em Setúbal.

No julgamento foram ouvidas quase 300 testemunhas. Nas alegações finais, o Ministério Público pediu a absolvição dos três arguidos. Bruno Vieira, Marco Ferreira e Carlos Martinho, técnicos das empresas Gasfomento, Setgás e Ecatotalinspe, são acusados dos crimes de incêndio, explosão e conduta perigosa, e incorrem numa pena de cinco anos de prisão. No entanto, o magistrado do MP sustentou que continua por apurar quem abriu o redutor de gás que terá estado na origem da explosão. Os moradores temem agora que a culpa venha a morrer solteira. Nuno Fonseca, residente no 11º D, diz que as suas expectativas "são baixas, tendo em conta como funciona a Justiça em Portugal". "Quando ouvi o estrondo, a minha filha tinha acabado de sair do elevador. Ainda não tinha chegado à porta de casa, quando o elevador caiu. Todos os dias agradeço por ela estar viva", recorda, por sua vez, Cristina Oliveira, do 2º C.

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar